domingo, 14 de janeiro de 2018

Hoje contamos até seis



Esta estrela com ar de asneira faz hoje seis anos. 
Ela tem iluminado e electrizado a minha vida, num equilíbrio difícil entre a rendição e a exaustão. 
Amo mais que tudo:
- o teu abraço à madrinha;
- o leite da manhã no biberão no meu colo;
- o madrinha lês-me esta história;
- o madrinha ensina-me;
- tudo temperado com vamos fazer um bolo mas eu é que espalho a manteiga com os dedos, fazem a minha vida tão mais completa. 
Tem sido um desafio ser tua madrinha, e estar à altura desse teu coração generoso. De tudo em ti, o que mais gosto, é saber-te e sentir-te feliz. Morro por dentro por falhar os teus últimos cinco aniversários para o oceano, mas ainda assim, sinto que o presente maior é meu, por não te esqueceres de que a madrinha gosta de ti até ao xéu. 
Parabéns doce terror, fazes a nossa vida tão mais feliz contigo!

domingo, 10 de dezembro de 2017

Terá este amor pernas para andar?





Há muito que não me perco em palavras sobre a corrida. Depois da paragem forçada foi-me difícil retomar os hábitos de treino, sobretudo na corrida. 
Para quem gosta de correr, não haverá nada mais agridoce, do que este sentimento de pertença à corrida se submeter à inércia que o recomeço no treino fomenta. Comigo foi assim. Foi. 
Tinha saudades de correr, da superação que cada quilómetro sofrido me acrescentava, do triunfo de perseverar quando os músculos e o pulmão pediam misericórdia, mas sobretudo, saudades deste encontro metafórico que só quem corre por amor poderá entender. 
E depois existem todas as pessoas que a corrida trouxe à minha vida, que a enriqueceram com a diversidade, a semelhança e a luz que espalham e me inspira. Se não tivesse sido por mim o regresso, seria certamente por elas. Tenho tantas saudades da energia de todos eles,  que voltar foi sempre uma meta. 
Esta semana regressei à ilha Terceira, e os treinos tiveram direito a estrada, trail e pista. Vi o nascer do dia no Monte Brasil, partilhei trilhos com os bambis, e vi o sol a nascer entre as folhas das árvores e em cada varanda do mar. Corri com a humidade a rondar os 100%, as pernas a doer, mas com a alma a reconhecer a magia de cada redescoberta. 



P.S: Estas meninas novas foram oferecidas com muito carinho pelo M e além de giras, amortecem bem, e por isso, espero que a nossa relação dure muitos quilómetros.  

domingo, 19 de novembro de 2017

O dom




Linearmente, podia dizer-se que o filme fala sobre a relação tio-sobrinha, e os desafios da educação de uma criança sobredotada, mas isso seria tão redutor e superficial.
Na verdade, este filme retrata um amor de irmãos que perdura no tempo após a morte, fala da lealdade de fazer cumprir a infância numa vivência plena, e das inseguranças inerentes ao amor e à preocupação genuína de quem ama. Quem ama de verdade também erra e corre atrás, pede desculpa, e reescreve o futuro outra vez. 
É claro que chorei. Ser tia é para mim uma dádiva e um desafio tão avassalador, que seria impossível não me render a esta esquadria de afinidades. Até há um gato nesta história para ajudar a festa. 
E no fim? A história repete-se, naquele que é o princípio comum a tudo, e no qual acredito acima de qualquer coisa: temos a resposta dentro de nós, só precisamos de não nos perder cá dentro, e confiar no amor. [o caminho mais fácil é o menos percorrido, e ainda assim o mais desafiante e recompensador ]

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Agradecer

Há um ano estávamos no SU, eu cheia de dores, e tu sem saber o que fazer. Hoje, agradeço a superação e celebro que tudo não passe agora de memórias, das quais sabemos rir, juntos. 
Num tempo só nosso, há uns anos atrás, arriscamos ser felizes juntos. Celebremos isso também, sempre. 


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Con Dao - Vietnam ( última paragem)

Foi muito bom mas acabou aqui, em Con Dao, e acabou em bom (demais).
Queria muito terminar esta viagem com pés na praia e mergulhos no mar, e assim foi.
À procura de uma praia que fosse pouco afectada pelas monções naquela altura do ano encontrei este paraíso verde.
Con Dao pertence já ao Vietnam e além de hoje em dia ser uma reserva natural em bruto, no século passado foi o destino de muitos prisioneiros políticos Vietnamitas, reputadas mundialmente como as prisões mais violentas do mundo. 
Mostro-vos então o paraíso, mas não vos esconderei os vestígios do inferno que a história conta. 





Praias maravilhosas e absolutamente desertas. Chegada aqui só queria não ter que regressar.

Areia fina, água morna, marés baixas foram sinónimo de algumas horas de molho a contemplar e contar conchas. 




Há várias prisões mas visitei só esta, não tive estofo para mais, assumo-o. Tinha lido um pouco da história e algumas descrições de como era as "tiger cages", mas ali, foi impossivel não chorar, não ouvir o desespero daqueles que foram ali torturados. 
Foi um (mais um) murro no estômago e ao mesmo tempo uma lição de história e humildade. Tenho muita sorte por ter nascido no ocidente, no paraíso à beira-mar plantado e numa época plena de democracia. 

Ar de quem vai fazer mergulho, ver peixes, corais e concretizar um sonho de pequenita. 

Um mar inteiro só nosso

As tartarugas bebés recem nascidas é que recolhemos para devolver ao mar. Era um sonho antigo, do qual além da viva memória restam poucos registos fotográficos porque as tartarugas seguem a luz, pelo que é necessário mantermo-nos à penumbra do luar, para as fazer entrar no mar. De cada 10000 tartarugas bebés que entram no mar apenas uma sobrevive, as fêmeas que atingem os 25 anos regressam sempre à praia onde nasceram para desovar. Foi maravilhoso e repetia tudo novamente, não há nada como ser espectadora da magia da natureza. 

Mergulhos na piscina com a moldura perfeita, no hotel mais perfeito de sempre. 

Um escaldão no ombro esquerdo das voltas à ilha de mota...



A despedida, feliz, coração transbordante e agradecida, por tudo, mas principalmente por todo o amor que preenche e dá sentido à (minha) vida. 










terça-feira, 24 de outubro de 2017

Amor gordo

Esta gorda carinhosa e zãzã faz hoje 5 meses. Cá dentro já fez um ano que a amo baixinho. 
Obrigada Kiriki, a madrinha não podia ter tido mais sorte contigo. Eu é que sou a madrinha, mas tu é que abençoaste o meu/nosso ano. 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Parabéns ao melhor presente

O Douro foi substituído pelo Atlantico mas para mim serás sempre o melhor presente, a melhor amiga e melhor irmã. Parabéns por seres a rainha das nossas vidas, que com esse dedo em riste nos comanda e esse sorriso nos seduz. O dia é teu, mas não há dúvidas, a sorte e a benção é toda nossa morena. Amo-te mais que o sal do mar.