quinta-feira, 4 de julho de 2013

quinta-feira, 4 de julho de 2013

na mesinha de cabeçeira mora: Catarina de Bragança

Este livro, roubado à biblioteca da minha mana, pelo critério "livro com maior número de folhas", foi uma sorte.
Como não gostar desta Catarina? Uma Catarina tão arreigada à fé Católica, e ainda assim, tão surpreendentemente lúcida para o seu tempo? Um exemplo de fé pela tolerância, de fé sem culpa, e de como aprendeu que o prazer não é um pecado, é antes um direito.
É mais um exemplo de que os amores românticos são a pior sina, são tão projectados que a realidade nunca os poderá acompanhar.
Esta Catarina vive duas vidas, uma cá, onde nasce filha do Duque de Bragança, e cresce Princesa, filha do Rei de Portugal, e outra, longe, em Inglaterra casada com o Charles, Rei de Inglaterra, que gostava imenso dela, dela e de tantas outras. Uma Catarina a quem a vida privou do seu desejo maior, o de ser mãe e dar um filho legitimo ao seu Charles, que tinha já tantos, ilegítimos.
No final fica uma ternura por esta Princesa de Portugal, Rainha de Inglaterra, luz dos olhos de sua mãe, mas principalmente uma admiração por esta mulher que soube guardar sempre o bem, esquecer o mal, e envelhecer com amor, esta mulher pequena, trigueira e reguila, de quem ainda hoje se ouve:
«what are little girls made of?
Sugar and spice and all things nice, that is what little girls are made of.»

Sem comentários:

Enviar um comentário