sábado, 25 de outubro de 2014

amigos cá em casa? é assim

Temos motivo? Não? Vamos já arranjar um, sim, esse, isso, pode ser.
Temos quorum? Não? E amanha? E depois de amanhã? E durante o mês que vem? Dá? É esse dia então, está decidido. 
Ora agora vamos à parte prática: 
A casa está limpinha? Sim há-de estar no dia!
E cheirosa? Acender velinhas por todo o lado, porque para mim nada melhor do que um aroma bom para fazer os outros sentirem-se bem vindos. 
A ementa, qual vai ser? Ora bem, penso sempre numa receita mesmo boa e fácil, como as que a J. me ensina, ou então arrisco uma toda xpto que o H.V. faz e eu tento fazer, mas claro está, nunca é a mesma coisa. 
A toalha da mesa, qual vai ser? Ah hoje vai ser a nova!
Que pratos escolher? Os meus Bordalo Pinheiro do coração, claro, é só escolher uma cor a combinar!
Os copos? Já está!
Flores? Gosto de receber como gosto de estar, com flores. Toca a ir comprar flores!
Ir ao supermercado, quando? Sempre à última da hora!
Quando é na casa dos outros, poucos são aqueles que perguntam aos anfitriões se precisam de ajuda, mas quando é aqui em casa, os meus amigos já sabem que o meu carinho é muito, mas a minha vocação para a cozinha não é igual, logo, durante a tarde, o mais tardar (desculpem a redundância), recebo sempre uns telefonemas a oferecer ajuda. A verdade é que às vezes já estou em stress e aceito, outras em que estou super confiante e só peço que tragam fome, porque a verdade é uma, com fome tudo sabe melhor. 
Depois disto tudo escolho uma musica ambiente, escolho uma roupa gira mas muito confortável para estar em casa, esforço-me, esforço-me por ter tudo pronto 30 minutos antes para respirar e confirmar tudo. E depois? Depois é só esperar que a campainha toque, ou que toque o telefone a perguntar qual é a campainha, e quando estamos todos juntos, não há que enganar, corre sempre bem. 


PS: sabemos que são amigos, quando, depois de irem embora, não são pratos que ficam por lavar, é só a alegria de estarmos todos juntos. A vocês, obrigada!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

garmin meu, garmin meu, há alguém mais tartaruga do que eu?

Cliquem aqui, ou simplesmente confiem em mim: não, não há.
Voltei aos treinos, quero eu dizer, tenho regressado lentamente aos treinos, o que quer dizer, na prática, que me sinto uma tartaruga nas aulas. Não levei o cardio frequencímetro (porque me deixa sempre mal disposta), mas se tivesse levado muitos olhariam para o gráfico e iam procurar um DAE... 
Mas correr não é só isto, é cantar os parabéns, é comer bolo quando há festa e sobretudo quando não há, é dar prendas a pessoas especiais como a V. que nos fazem acreditar na generosidade, é correr quando está a chover, e quando faz calor mesmo que seja à noite, é abdicar de sábados à noite sem grande pesar. Para mim, que tive a sorte de começar a correr num grupo destes, correr  é mais do que uma perninha depois da outra, correr é isto tudo. E agora podem gozar, porque eu sei bem que tu e tu e tu me gozam!!!, podem roer-se de inveja, sim, sim, eu sei!, ou então podem também juntar-se a nós. Pensem nisso, que eu vou ali dar uma corridinha.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

aconchegas-me, e eu gosto


Já quantas vezes não disse aqui que adoro collants?!! Adoro, adoro, adoro... penso até que será das poucas coisas que me conforta quando chega este frio de Outono/Inverno. Este ano, a Calzedonia superou as minhas expectativas com este mini filme encantador, romântico, com aquele aconchego que só uns bons collants nos oferecem. Gosto muito, e paro sempre em frente à TV a ver, ainda não me cansei. Quem melhor do que um sonho de mulher, na cidade do amor para nos fazer parar e sonhar? Voltava já a Paris (também). 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

o cliché cor de rosa vestiu VERMELHO!

Este ano voltei a inscrever-me no Porto Urban Trail, mas com novidades. A primeira foi fazer a prova sem treinar há dois meses, e portanto: que dores e que sacrifício!
A segunda foi que este ano FINALMENTE tivemos direito a uma camisola de equipa propositadamente criada para o grupo(s) de corrida do(s) ginásio(s). Eu sei que pode parecer um cliché, mas na verdade, quando corremos em grupo, e há um claro e expansivo sentimento de pertença, a verdade é que só queremos que essa alegria e união se materialize. Correr é um desporto individual, mas correr em grupo faz-nos ir mais longe, e sobretudo, a mim pessoalmente, vincula-me, deixa saudades e muita vontade de regressar, sempre. Portanto obrigada HP Arrábida, há muito que esperávamos por ela, e merece-mo-la há mais tempo ainda.
A terceira novidade, e última? A chuva, céus como choveu! Mas quem é que quer ficar encharcado e gelado antes da prova... Com boa disposição e alguma coragem corremos os 12km a subir e descer os paralelos do Porto sem patinar. Mais uma vez a prova esteve bem organizada, mas falhou, quanto a mim, nos abastecimentos, porque o primeiro só aconteceu já aos 7km, e foi o único até ao final, e eu tenho muita sede a correr! O percurso surpreendeu-me porque não sabia que ia correr na ponte do Infante, foi a primeira vez, e adorei. A par da minha falta de preparação física parece-me que este ano o percurso aumentou o grau de dificuldade, porque as subidas eram mais loooongas, e as descidas mais íngremes... ou terão sido só as minhas perninhas a achar isso? Não sei, no fim, tudo o que custou valeu a pena. Sempre. 

aqui está a minha cara a combinar com a cor da camisola! uffa!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

longe mas perto


Hoje quero muito fazer-te sentir que o nosso longe não abala o nosso lado a lado, porque não há mar que me faça deixar de sentir que o meu lugar é ao teu lado, do teu lado, sempre. 
Quando me ligas a dizer "Nês, olha, nem sabes, vais ficar mesmo orgulhosa de mim...blá blá" eu só posso rir e dizer "mais? daqui a nada insuflo, transformo-me num balão e apareço ai!" O tempo passa mas as nossas conversas continuam as mesmas!!! Continuas a ser o melhor presente que o pai e a mãe me deram, e por isso reinas aqui no meu coraçãozinho loiro. Parabéns mana, deixo aqui o carinho que não te posso dar hoje, mas que tu sabes nos une mais que super cola. Que o tempo passe e tu sejas sempre a minha inspiração***

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ébola ou a história do bicho papão


vai embora papão!



terça-feira, 7 de outubro de 2014

paixão desde adolescente

O Eça de Queirós foi o primeiro homem cujas palavras me fizeram perder o sono, para não perder palavra nenhuma, como se elas se fossem apagar com as horas. 
Conheci-o pessoalmente, tal como a larga maioria das pessoas com Os Maias, e fiquei rendida, apaixonada, embebecida... enfim. Lembro-me de quase ter feito directa no dia em que o comecei a ler, lembro-me de ser gozada por toda a gente por isso, de querer um João da Ega na minha vida, e de me rir tanto que o meu pai de vez em quando perguntava o que é que eu tinha. Hoje, diriam que era uma nerd, na altura era só uma caixa de óculos bem tótó, como combinava com o figurino. 
Eça, Conde de Resende, mais uma coincidência deliciosa que só fez aumentar o interesse. 
Ora, se o livro fez do Eça o autor Português do meu coração, com direito a receber toda da sua obra como presente da mãe por ter entrado na faculdade, a estreia do filme fez-me saltar do sofá, fugir do sono, do barulho das pipocas e ver o filme. 
E então? O filme faz honrar o livro, dá para acreditar?
Gosto de cinema mas, admito, não sou de todo cinéfila, nem entendida, ou tão pouco dedicada, mas já anteriormente, no filme do desassossego, o João Botelho me tinha feito render ao seu trabalho, obra, sensibilidade, jogo de luz sombra, tudo. Com Os Maias não foi diferente, o filme é como qualquer leitor apaixonado sonha que a sua obra seja tratada: com amor, profundo conhecimento, respeito, poesia e verdade. O filme que não pretendeu ser uma ridícula adaptação do antes ao agora, mas antes uma recriação quase teatral nos cenários, no uso do preto e branco e só depois das cores que nos marca o tempo, do guarda roupa, penteados, coches, tudo. O João Botelho filmou Os Maias quase, quase como eu o imaginei, e por isso estou-lhe profundamente agradecida.  E o João da Ega? Fiel e apaixonante, delicioso e divertidíssimo. 
Se estão na dúvida, o filme vale a pena. Acredito que muitos daqueles que não conseguiram ler o livro vão percebê-lo agora. A sátira do Eça está lá, e a actualidade dela também, porque o tempo passa mas a Portugalidade de que somos feitos não. Portanto, play:


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

sem culpa, mas com direito a indignação, por favor.

O meu carro tem quatro anos, é novo, ainda, quase... Não é?
Quando o comprei foi da maneira mais prática, porque não ligo nada a carros, a minha irmã sugeriu, o meu pai aprovou, fomos ao stand e comprei-o. Só isto, dez minutos. A venda mais rápida da carreira daquele vendedor, ele fez questão de me dizer. Está a fazer uma boa compra, este é carro é um óptimo citadino. 

Isto pareça quase displicente, mas como sou uma pessoa de memória infinita para as coisas mais pequenas, ainda consigo ver e ouvir dentro da minha cabeça o senhor a dizer que aquele carro era um ÓPTIMO CITADINO, e é mentira! Mentira!
Quase a chegar aos dois anos (exactamente no dia em que a M. nasceu!!!) acendeu lá uma luz que descobri ser o filtro de partículas. Mecânico: a menina anda muito devagar, tem que acelerar e isto passa. Não passou. A marca: a menina anda devagar? faz trajectos curtos? ah é disso! E que por muitas voltas que desse com o carro a acelerar como dizia o livrinho e os mecânicos, ele teve que ir à marca e mudar o filtro. Foi o que me disseram. Toda a gente me gozou, afinal quem é que avaria o carro por andar devagar? Eu até me ri na altura, mas a dizer que não ando devagar, só cumpro os limites de velocidade...
Aos quatro anos, ligam outras luzes, vou ao mecânico: a menina faz trajectos curtos? sim... anda devagar? chegou-me logo a mostrada ao nariz!!!!!!!!!!! devagar? não, cumpro os limites da velocidade. Deu-me logo um chocapic (desculpem-me a expressão), então eu compro um carro que é um óptimo citadino, ando nos limites da velocidade e agora a culpa é minha? Não é o carro que é deficiente? Era o que me faltava, eu tenho boa memória e até posso ter madeixinhas loiras mas a minha tolerância para que gozem na minha cara é muito reduzida e puff, já acabou.
Uns silêncios depois, uns dias sem carro, uns programa-reprograma o carro só para me fazerem perder tempo e dinheiro para, no fim, a solução ser uma peça que custa $$$, e ainda levar com as culpas. Eu não conduzo devagar, o carro é que é defeituoso.
Estou arreliada e cada vez mais detesto vendedores, mecânicos e carros.   

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

hoje o esperar fez valer a pena

Hoje os maus tratos aos animais são crime, e o meu coração rejubila!
Lembro-me de quando era miúda eu e um grupo de vizinhos nos organizarmos por semanas para alimentarmos e protegermos os animais abandonados das  rusgas que a câmara municipal fazia aqui, numa desumana procura para abate. Abate é crime? Espero que seja.