quinta-feira, 18 de junho de 2015

quinta-feira, 18 de junho de 2015

cinco dias, quatro ilhas

A logística da viagem aos Açores é por si só uma ginástica, sobretudo para quem mora no Porto, porque os voos directos são poucos. Ainda que este ano já seja bem mais barato, com a introdução no mercado dos tão ansiados voos lowcost, aconselho a reserva antecipada de bilhetes. Voei na mesma pela SATA, e devo dizer que gosto bastante, mas desta vez a minha reserva foi feita com mais de seis meses de antecedência, e o preço ficou em menos de metade do que havia pago no ano anterior.
Por questões familiares o percurso foi Porto-Terceira, Terceira-São Jorge, Faial-São Miguel, São Miguel-Porto. 
Dia 1
Já tinha dito aqui, mas repito, a Terceira é a ilha em que melhor se come, por isso, como ia estar muito pouco tempo na ilha, apenas pude matar saudades de sabores.

O lanche foi na Quinta dos Açores, aqui os produtos utilizados são da melhor qualidade e só isso justifica que seja tudo tão bom. Nas várias visitas que tive a sorte de fazer já provei imensa coisa e ainda não sei escolher o que gosto mais. Cá no continente podemos encontrar os iogurtes que elevam o conceito a outro nível.

O jantar, já mais tarde, a meu pedido foi no Beira-mar, porque estas lapas
me deixaram viciada, adooro-as!
Dia 2
Em São Jorge a minha pequena M. arrecadou toda a minha atenção, e embora tenha planeado subir ao Pico da Esperança a forte presença de nevoeiro não o permitiu.
Mas ela achou que já estava tempo de dar um mergulho, e aqui está ela, pronta e a todo o vapor
 para saltar para a água (sai à mãe)

Dia 3
Embarcamos de barco rumo ao Faial. No triângulo (assim se chama ao conjunto São Jorge, Pico e Faial) o barco é a melhor opção, mais barata e a mais fácil. Quatro ou cinco vezes mais barato que um bilhete de avião, além de ser um passeio delicioso, se estiver bom tempo.
Para ela a viagem só deu Porquinha Pepa,
um bocadinho de colo da madrinha e 5min a ir à janela a ver o mar.
Em duas horas estamos no Faial e, depois do check in no Hotel, e de tratadas todas as questões relativas à prova, foi só desfrutar da cidade da Horta.
A Horta é uma cidade que se destaca das outras cidades açorianas porque, embora bem menor que Ponta Delgada por exemplo, é igualmente cosmopolita e, a meu ver, muito mais charmosa. No dia antes da prova, fervilhava, pessoas e boa onda. Não se pode falar da Horta sem falar da sua marina ou do bar do Peters, é certo, mas existem outras personagens famosas, como por exemplo o Norberto. O Norberto tem uma empresa de mergulho e observação de baleias e golfinhos, e que me havia sido recomendada pelo pai da M. Há muito que esperava pela oportunidade de fazer este passeio de barco para observação das baleias e golfinhos. 
Embalada pela constatação de que a M., efectivamente, já está um bocadinho crescida, pela primeira vez que levei-a comigo. Quem me conhece sabe que não sou nada fã de férias e grandes aventuras com crianças como companhia, há quem considere preguiça ou comodismo, mas eu simplesmente acho que é segurança e conforto.
Ter uma criança de 3 anos por companhia foi decisivo na escolha da empresa em que íamos fazer o passeio, mas foi instintivo, escolhi quem me inspirou mais confiança, e só depois reparei que era o Norberto.
Como foi? Bem a M. dormiu no meu colo, comigo em pé, durante os 30min de toda a exposição teórica que fazem sobre tipos de baleias e golfinhos que podemos esperar ver, antes de o passeio começar. No barco parecia um anjinho, a viagem tem a duração de 4h, e no regresso dormiu o tempo todo embalada pelo mar. De salientar o cuidado e atenção que os guias tiveram connosco, sobretudo com ela. É tão fácil, e bom, ver quando as pessoas são apaixonadas pelo seu trabalho, e aquela equipa era. Obrigada. 
No final perguntei à M. o que ela tinha achado do passeio, ela diz assim" as baleias são tímidas, e os golfinhos uns saltitões como o Noné". 
O membro da equipa do Norberto, que estava mesmo
a chegar de um mergulho, que a M. mais adorou, claro. 

Fornecem impermeáveis e coletes e ela adorou o dela aos ursinhos.

Foi o tempo todo sentada sozinha e acho que
 ainda não me refiz do choque de ela estar mesmo crescida...

Este momento foi delicioso, encontramos uma tartaruga na água,
 que o Norberto apanhou e trouxe ao nosso barco para que a M. tivesse oportunidade de ver.
Não sei se ela gostou muito, a contar pela cara que fez, mas todos nós, os crescidos, adorámos!

O Norberto a conhecer a Pepa da M., inseparáveis sempre, até em alto mar.

É ou não é o máximo esta foto?

O guia do nosso barco, tenho imensa pena não me recordar de nome dele,
porque quero mesmo agradecer-lhe todas as explicações que nos deu durante todo o tempo,
a persistência e  paciência na procura das baleias, e a atenção que teve sempre com a M.
Dia 4
Acho que já disse tudo, não já? Deixo só mais umas fotos, porque não resisto.
O farol dos Capelinhos
A meta mais bonita de sempre

O horizonte que nos motivou até ao fim
Dia 5
De regresso a casa, tudo o que os meus pés toleravam era isto.

Ahh que dores nos pezinhos!
Paramos em Ponta Delgada, e como ainda tínhamos 4h pela frente, apanhamos um táxi para o centro e fomos matar saudades da cidade, almoçar e passear na marina. O tempo foi pouquinho, mas soube bem aproveitar até à ultima tudo o que há de bom nos Açores. 
Já conto com cinco viagens aos Açores e fico sempre com vontade de regressar. Quantos destinos nos fazem sentir isto? 

1 comentário:

  1. Ola Inês,

    Encontrei o seu blog por acaso e não podia deixar de agradecer em meu nome (o seu guia neste passeio) e em nome do Norberto pelas simpáticas linhas que nos dedicou neste blog! São testemunhos como este que alimentam a paixão que temos pelo nosso trabalho.

    Um grande obrigado,

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