terça-feira, 31 de maio de 2016

Faial a espalhar charme

Já perdi a conta ao número de posts que terei feito aqui sobre os Açores. Se a mim o que me liga a eles é o coração, a vocês, cuja motivação é a de turista, não deixem mesmo de incluir os Açores nos vossos planos de férias. É um charme e um encantamento que ainda não parou de me surpreender. 
Estivemos mais dias na Horta e entre passeios deixo-vos fotos de pequenos detalhes que espero que vos façam sentir vontade de partir. A Horta continua a ser a minha cidade preferida, senão vejam lá: 

Detalhes da calçada portuguesa com a mulher do capote tão tradicional nos Açores.

De qualquer esquina se vê o amar, de todo o lado sentimos o abraço dele, e estes edifícios tipicamente coloniais fazem-nos viajar no tempo sem esforço.

Nesta altura do ano, sobretudo no triângulo ( São Jorge, Pico e Faial) celebram-se as festas do Espírito Santo. É muito bonito de ver, se tiverem oportunidade de participar não percam, porque é totalmente diferente das festas religiosas a que estamos acostumados no continente e a fé, de não for capaz de nos mover, acho que nos consegue sempre comover. Esta é a Igreja Matriz da Horta, toda enfeitada a orquídeas. 

Tão típica, tão charmosa! 

Detalhes de casas que me enchem os olhos, quem é que aguenta isto? 

Mas esta casa conquistou-me por completo, é ou não é, a coisa mais linda? 

Passeios na Marina da Horta, a marina mais bonita e da qual nunca me canso

O Peter Café, emblemático além fronteiras, com um ambiente maravilhoso para um café, um lanche, um gin ou um bife. Uma visita obrigatória que faço sempre com imenso gosto. 

As bandeirinhas que os marinheiros vão deixando é que vestem as paredes do Peters de cores, história, memória e simbolismo. 

Pensem bem, vão adorar ! (e não, não me pagam para isto!!) 


segunda-feira, 30 de maio de 2016

O céu foi um inferno de 22km

No ano passado ir ao Azores Trail Run ao Faial foi alcançar a meta mais bonita de sempre, mesmo. Tanto assim foi, que decidi repetir (o que é que fui eu fazer). 
Tento medir e pensar as palavras a usar porque, por um lado, a minha experiência do ano passado não podia ter sido melhor, mas sobretudo, porque o blog para mim não serve como muro de lamentações, muito menos de descomposturas públicas. Pese embora isto tudo, também não posso vir aqui a escrever uma fábula fantasiosa, distante da realidade. É de ressalvar ainda, que a descrição que se segue é a minha experiência pessoal, a de uma alminha que gosta de correr, e que em consciência o faz, de uma forma absolutamente amadora.
Então... 
Começamos o dia antes das 10h a apanhar a camioneta na Horta, com um bocadinho de frio e vento, cheios de vontade de correr. Chegados à caldeira o cenário era totalmente diferente, muito muito frio, muita chuva e muito muito vento (a faltarem quase 2h para a partida). Uma hesitação colectiva e ninguém se animou muito a sair da camioneta, mas saímos. Tentamos abrigar-nos num dos postos de abastecimento mas fomos corridos pela organização, e lá fomos todos para o local da partida. 
Bom, aqui começa tudo a correr mal, no local da partida do ano passado não havia nada, só um carro parado com pessoas lá dentro que não nos disse nada, e continuamos a descer, porque, nos tinham dito para nos dirigirmos para a partida, e não havia sinais dela.
À medida que íamos descendo encontramos atletas dos 70km e dos 48km que nos avisaram que estávamos perdidos, de onde eles vinham não havia nada. Posto isto, voltamos todos para trás até ao carro, batemos ao vidro e afinal, qual o meu espanto, eles eram da organização, estavam bem abrigados a ver-nos descer e subir à chuva, e ali, no meio do nada, ia ser a partida. A sério? Eles disseram que sim. 
Ficamos mais de 1h30 ali ao frio, à chuva embrulhada a vento, e os carros iam aparecendo, a organização continuava lá dentro, e nós cá fora molhados e gelados. As mantas térmicas que faziam parte do equipamento obrigatório, para serem usadas em caso de emergência, começaram logo ali a serem utilizadas. Todos juntos encostados numa parede íamos tentando brincar e manter a moral, mas a cada rajada de vento, tudo se tornava mais difícil. 
A 30 minutos da partida dizem que afinal está mau tempo, e não há condições para fazer a partida ali, teríamos que ir a correr para a caldeira, porque os restantes participantes estavam lá. E eu penso, mas isto é para os apanhados? Ah agora é que está mau tempo? Bom, geladinhos lá fomos a correr para o novo local da partida. Chegados lá ainda não havia partida nenhuma. Portanto, continuamos à espera, mas num sítio diferente, cada vez mais gelados, eu já roxa, molhada já estava até ao limite. 
Finalmente partimos mas a 5 metros talvez da escada de acesso à caldeira, estão a imaginar o engarrafamento? Aqui já estava tão enervada que já só me apetecia refilar com eles todos, mas não, fiquei uma cordeirinha à espera da minha vez de subir as escadas. Não sabia eu que o pior estava para vir, e que se antes via a organização dentro dos carros, agora ia deixar de ver. 
A caldeira que no ano passado foi o ponto mais bonito da prova, de cortar a respiração mesmo, que fez valer tudo, este ano deveria ter sido retirada ao percurso, ou então anuladas as provas, porque estava mesmo perigosa.  
Lá em cima, em caminhos de desfiladeiros, a juntar ao frio e à chuva, tive nevoeiro e tanto mas tanto vento que ao correr mal me respirava, e em alguns sítios as rajadas fizeram-me desequilibrar e cair, sim, cair, e mais do que uma vez. Logo, ao invés de correr, fui quase gatinhando agarrada à vegetação, sempre que ventava mais, ou o percurso era demasiado escarpado. Foi muito difícil e assustador, e ainda não sei como é que não desisti, bom, até sei, tinha que sair dali para isso. Quando saí da caldeira fui a descer com umas raparigas e lá nos fomos animando, e recuperei a coragem. 
A partir daqui a prova teve a dificuldade que uma prova de trail tem num dia chuvoso de inverno (embora estejamos na primavera mas ela própria ainda não se tenha apercebido disso), muita chuva implica muita lama e algumas quedas. E assim foi. Imensa lama, pântanos de lama, patinagens de lama, e depois subidas, subidas e subidas, e descidas, descidas e descidas até ao primeiro abastecimento. 
Cheguei ao primeiro abastecimento pouco cansada mas completamente desmoralizada, farta da lama e do frio, porque não consegui aquecer durante toda a prova, que não me deixava correr. Lembrava-me bem desta parte do percurso e não demorei muito, e continuei, tentando não arrefecer mais, mas não sem antes tirar uma palmilha de lama em cada sapatilha. 
A apontar que em nenhum abastecimento, nem durante nem no fim da prova havia bebidas quentes, o que com aquele frio, pelo menos no fim foi imperdoável não ter. Foi super difícil correr com o frio, tinha as pernas roxas, e se há coisa que eu tolero mesmo muito mal é isso. 
O resto da prova foi feita numa tortura e superação continuas, onde a única alegria mesmo foi ver a meta, e quase logo a seguir ouvir a minha querida mana e o M. chamarem o meu nome. Só queria que aquilo terminasse, e poder vestir uma  camisola quentinha. 
Tenho que agradecer também à família que conhecemos no ano passado nesta prova e que este ano também veio, pela recepção na meta, adorei! E dar os parabéns ao M. por se ter estreado nas provas e ter superado tudo nesta, com uma fantástica prestação de 2h55 (M. estás a perder uma grande carreira de atleta)!
À minha mana por ter vibrado por todos nós, e sofrido connosco, durante tantas e tantas horas de espera.

A chegar com 3h40

A celebrar 

Eu ainda a celebrar mas a minha cara a dizer " frio" 

A M. fez o maior sucesso, na versão croquete dos Capelinhos 

A M. a fazer de conta que é um anjinho 

R. foi fazer 48km e demorou 9h30!!! Não sei como chegou inteiro ou como não desistiu, mas palmas para ele. Eu ainda não acredito!! 

O que restou de três pares novos de sapatilhas tão giras, que nunca mais voltarão a ser o que eram...

A EQUIPA, o melhor de tudo, a melhor parte de mim, eles. 

sábado, 28 de maio de 2016

terça-feira, 24 de maio de 2016

Terceira em 24h o que fazer?

Guia para quem pára na Terceira a recolher partes do coração (o M. entenda-se) ambicionando um coração calmo e completo no dia seguinte, em S. Jorge. 
São precisos abraços e disparos de euforia por estarmos juntos e podermos estar, só isso, e isso tudo. Depois, bem, depois deixamos que o carro nos devolva as paisagens recortadas de verde em todos os tons que possam imaginar, o cheiro a terra molhada, e o mugido das vacas que povoam os campos.
Deixamos que o mar que nos separa, nos conforte e aconchegue, que por todo o lado nos circunda, e deixamo-nos ser só família, parando nos sítios onde somos sempre felizes. Somos só três hoje e somos uma família, de verdade, de coração, para valer. Sem laços de sangue ou contratos, mas sabemos que o somos porque eu gosto dele porque ele gosta dela, e ele gosta de mim porque ela gosta de mim, e ela gosta dele porque eu gosto dele, e ele gosta dela porque eu gosto dela. Seria confuso, mas é família, é mesmo assim. 
Passeamos juntos talvez um pouco vaidosos da nossa alegria simples e pequena. 
Algures entre o charme do monte Brasil, do Porto e da Baixa de Angra, rendendo-nos aos sabores da ilha. Entre o queijo, as lapas, o peixe e a batata doce, estamos mais perto de estarmos todos, e isso é mágico. Obrigada! 


Malas feitas

O destino é o do costume, aquela ilha do oceano que tem metade do meu coração. 
Faço as malas já só a pensar nesta loira e nesta morena tão lindas, que mesmo tão afastadas, estão sempre perto, e a dar sentido a tudo. 
 
É claro que também aproveito e vou correr, e desta vez, com uma estreia em família, plantei a semente e o M. vai iniciar-se nestas aventuras connosco. Iremos repetir o Azores Trail Run do ano passado, e nos próximos dias conto tudo. Serão quatro ilhas em cinco dias, felizes, cheios de amor e claro, de sapatilhas nos pés! 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Primavera, cadê você

Estes dias de chuva sem fim, em que já não sabemos o que vestir, porque não está frio mas não há calor, só chuva, e já demos 30 voltas ao nosso guarda roupa de meia estação, fazem de mim a rainha das nostálgicas.
Lembrei-me que tivemos uns flash moments primaveris, e apeteceu-me partilhar, na esperança, que espero não seja vã, de que o tempo, esse malandro, nos devolva o que é nosso: a simples alegria de uma nova Primavera. 

Caldas de Aregos (Resende), tranquila, ribeirinha, termal e charmosa, em dias de sol, sem esforço mesmo. 

Passeios surpresa no rio Douro que recarregam as nossas baterias e merecem pausas no tempo que ele não sabe fazer. 

Atreveste-te a saltar (celebrar)?

O vento não nos largou, mas o que guardo deste dia é o calor e o amor, claro, não podia ser mais clichê. 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

quinta-feira, 5 de maio de 2016

terça-feira, 3 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016

Dia da mãe



Sem serem precisas mais palavras porque todos sabem que sou uma orgulhosa menina da mamã. Dia de sol, dia perfeito de mimos (para ela).