quinta-feira, 30 de junho de 2016

Queria ficar calada mas não consigo


Gosto que este blog seja um cliché ou então que vá colorindo os meus dias de cor de rosa, mas desde o dia de São João em que acordei com a notícia da saída do Reino Unido da União Europeia que as palavras soam na minha cabeça como um alarme que não consigo calar. 
Acho que daqui a 50 anos se for vivinha e lúcida, vou contar como no dia 24 acordei com esta notícia que me parece a crónica de uma guerra anunciada. Como a circularidade da história se apresentou aos meus olhos lucidamente, como, por um lado, não me surpreende que existam países que não se identifiquem com esta Uniao Europeia, que tem caminhado vertiginosamente para uma ditadura económica, sem coração e sem memória, mas por outro,  acho assustador que um país, supostamente tão instruído, se tenha fechado sobre si próprio ao ponto de alimentar sentimentos e comportamentos xenófobos, com o argumento de que o que gastamos na Europa passaremos a gastar cá dentro. Mas haverá alguém que ache que os apoios dos ditos mais ricos não vêm embrulhados em luxuriantes contrapartidas económicas? Que isto da União Europeia é muito lindo mas, amigos amigos, negócios à parte, porque no fim o resultado é sempre o mesmo: ganham todos. 
Não soa um alarme insurdecedor isto de uns acharem que são melhores do que os outros? E quanto a esta suposta lei Dinamarqueza ( não deveria ter o nome de lei, porque na minha cabeça uma lei é um direito ou a reposição de um) que expropria os refugiados dos seus parcos bens? Isto não faz lembrar nada numa história recente? Isto não vos faz tremer por dentro? Não estranham que isto se passe impunemente? Que morram crianças afogadas a caminho da Europa a tentar fugir da guerra e não haja uma clara acção de os ajudar? Não pagaremos todos a factura desta desumanização consentida?
Não me identifico com esta UE que se tem agarrado tanto aos números e não às pessoas, que tem exigido resultados mesmo que esses advenham de grandes injustiças sociais, e respectivas desigualdades, e gostava muito que a discutíssemos e a reinventássemos sem pudores. Mas isto sem desmembramentos, irónicamente sobretudo, de elementos que sempre foram privilegiados. 
O princípio basilar da UE foi criar uma identidade europeia, uma união ( onde estão elas?) porque a experiência de duas grandes guerras mundiais ensinaram a velha Europa de então que, subtraídas as diferenças (divergências) ela era muito mais forte unida, e que no fim de cada uma das guerras, e das divisões que elas criaram, independentemente de quem ganhara,  todos tinham perdido demasiado ( os vencidos e os vencedores). 
Que o dia 24 não seja daqui a 50 anos o dia que ditará o início de outro triste círculo de horror. Porque esta ideia não me sai da cabeça como se fosse um despertador que não consigo calar. 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Indo eu indo eu

Para as primeiras duas semanas mais esperadas do ano, as férias de verão e calor, e mar e coração. Já sabem portanto que regresso aos Açores, porque nunca é demais, nem nunca chega, estarmos perto de quem (mais) gostamos. 

Juro que lá dentro,metade disto, são pedidos da minha irmã e sobrinha!! 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Mesa Redonda

Uma mesa redonda, os meus adorados Bordalos Pinheiro, hortênsias e o fim do dia não podia ser um clichê, em tons de azul e amarelo, mais perfeito. 
Jantar de raparigas, cozinhado pelo rapaz cá de casa (obrigada), há dias felizes. Estou à vossa espera, está pronto!

domingo, 26 de junho de 2016

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Paixões inesperadas no feriado (e saldos) by Zara


Este vestido já só me faz pensar nas férias de verão, em dias quentes, pés descalços, cabelos desalinhados e pele torradinha do Sol. 
Em contagem decrescente para a próxima mala, e poder usar este e outros tantos vestidos que não querem relógios. 
Mana querida, numa semana estou aí e vai ser melhor, vamos celebrar tenho a certeza, e até te empresto o vestido novo!!! Não há mar que nos separe. 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

sábado, 18 de junho de 2016

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Faltas-me, falta-me o ar, sobra-me mar


E de tardes de sol.
De te ir desviar do sentido de responsabilidade ao teu trabalho, para nos perdermos entre um café e uma meia de leite escura (tua). 
Tenho saudades de falar contigo sobre nada e coisa nenhuma, saudades de fazer parte do teu dia a dia. Tenho dores de não ir buscar o doce terror ao infantário, e de andar com ela virada de pernas para o ar no meio da rua a fingir que não gosta e não quer mais. 
Saudades de reclamar contigo por seres mandona, e de reclamar com a mãe por baralhar os meus gostos por comida com os teus (do tempo em que tínhamos refeições em família com intervalos inferiores a trimestrais). 
Saudades de te roubar roupa, anéis, pulseiras, casacos e carteiras. Mas sem saudades de ouvir " não te falta pintar para sair Inês ?". 
Saudades de perguntar " achas que fica bem?" e ouvir " super bem" ou "nada mesmo".
Saudades daquele barulhinho que nós sabemos que fazes quando ris, do outro que fazes quando desmaias a dormir. De ver os teus sapatos de Cinderela espalhados pela casa e os chinelos desaparecidos em parte incerta.
Sonho com vocês todos os dias desde há duas semanas, e portanto acho que atingi o expoente máximo da falta que sinto (e sei que faço). 
Minha alma gémea, não há mar que te afaste de mim tanto tempo que não aguente, mesmo que com umas faltas de ar pelo caminho. 
(respira, não pira)

terça-feira, 7 de junho de 2016

O mais incrível antes e depois

Antes, com três semanas e 350gr.

Depois, com um ano e 4,1kg.

Totalmente rendida a esta bola de pêlo, mesmo quando ela olha para mim assim, de cima do seu trono ( presente dos padrinhos!!), rainha do seu reino ( a minha casa ...). 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Domingos de Salamandras

Dizem que não aprendo, gosto de pensar que não desisto, mas a verdade é que o Trail Solidário da Salamandra já estava marcado há muito, e eu até fui muito revoltada com o despertador. 
Tenho a dizer que não fez frio, só calor, e que inicialmente isso nem me deixava correr. O meu termostato é muito especial e então para correr é o rei dos caprichosos. O que dizer da prova? Uma surpresa, gira, divertida com uma passagem por dentro do rio com cordas, e muito bem marcada para uma prova amadora ( há provas oficiais que não são assim tão bem marcadas). Quando as nuvens encobriram o sol consegui correr e afinal não fiz ( fizemos) os 20km, porque entre atalhos e decisões de grupo, logo ao início decidimos que ia ser  um domingo de descanso, entre amigos, mas com os pés na terra, em 11km. E assim foi, Running Class, as saudades que eu tinha de ir a provas com vocês!! 
No final, todos sentados, no chão ou em cadeiras a comer bifanas com o alto patrocínio do PS, já não havia revolta com o despertador!! 
A diversão do passeio 

Running Class - numa versão mini mini mas tão feliz

sábado, 4 de junho de 2016

As ruas do Porto

A brincarem aos museus e arrebatarem corações e olhares. O museu saiu à rua, e é impossível ficar indiferente. 











A forma dissocia-se da função e brinca com o inesperado, o tradicional e brinda-nos com esta nova roupagem, a quem ninguém resiste. 
São apenas algumas fotos na queridinha Rua de Cedofeita, mais há mais. Há mais Porto, procurem o vosso! 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dia da criança

Há uns 5 anos atrás, recebo um telefonema da minha irmã a dizer que estava grávida. A vida dela mudou sem contar, e as nossas vidas ficaram tão mais felizes e ricas. 
Minha querida M. um dia vais ser crescida e vais ler isto, e vais saber que chorei de alegria, surpresa e com o boom de amor instantâneo que me invadiu, ao primeiro minuto que soube que ia ser tia. 
Foste a melhor prenda que a mãe me deu, esta oportunidade de ser tua tia e tua madrinha, e quando corres para mim e me abraças, o mundo não pode ser melhor, porque cabe todo naquele abraço magrinho, que é só nosso. 
É certo que temos um oceano entre nós, e que fazemos muita falta uma à outra, mas cresceste a saber que a madrinha gosta de ti até ao céu, e quem te conhece sabe que és o doce terror mais feliz do mundo. 
É cheia de orgulho que aponto o dedo e digo que és minha sobrinha/afilhada. Adoro que sejas loiraça como a madrinha, e a cara desenhada da avó Luisa ( tal como a tua mãe ). 
Meu amor pequenino, tenho muita sorte, e o nosso amor é tão mais forte que as ondas do oceano. Tu és o nosso mundo, e hoje sei que vais ter um dia da criança tão especial, é um orgulho saber que estás a ser educada para a diferença. 
A madrinha gosta de ti até ao céu, não te esqueces ? 

Wooohoo! É assim que celebramos tudo, feliz dia da criança, minha criança preferida.