quinta-feira, 21 de julho de 2016

No último dia, a surpresa cor de rosa

Achava eu que conhecia super bem esta ilha do dragão quando, em conversa com a minha irmã, me apercebo de que ainda não tinha visto aquele a que os Jorgenses intitulam, o pôr-do-sol mais bonito da ilha. Ai sim? Como não ? É porque fica na ponta de Rosais diz ela. Trocando isto por miúdos, Rosais é umas das freguesias em que nevoeiro podia ser o primeiro nome, de tal forma que, às vezes, depois do jantar se parece com um cenário de terror, logo, ver o pôr-do-sol ali é mesmo uma sorte. 
No último dia, de um total de quinze em que estive lá, já tinha eu perdido as esperanças todas, e sem contar, ao entardecer levanta o nevoeiro em Rosais, exatamente ao contrário do costume. 
Sem hesitar rumamos em direcção à Ponta de Rosais, que é, nada mais nada menos, do que a ponta oeste da ilha. Estava super curiosa, mas aviso-vos já, só o caminho é uma grande aventura. Pode-se fazer num carro comum, nós fizemos, mas preparem-se para terra batida a valer durante uns bons 5km e contem com esse tempo para cada lado, porque não vão gostar de o fazer na volta na completa escuridão, acreditem em mim. 
Como é que foi ? Foi a melhor despedida  que esta ilha maravilhosa me podia ter proporcionado, nevoeiro nas costas, no horizonte um laranja rosado do sol, o mar chão ( calminho) e espelhado. Deixo as fotos, que não precisam de legendas, nem de filtros, só de um obrigada por este momento mágico!!











Inebriada é a palavra certa. Há o feliz, é depois, um bocadinho à frente. 


quarta-feira, 20 de julho de 2016

São Jorge seu lindo

Fajã do Ouvidor ou Poça de Simão Dias, tanto faz. 
Algures no lado Norte da ilha, foi preciso esperar e escolher o dia para que o nevoeiro nos deixasse aproveitar novamente este lugar mágico. Quem vem a São Jorge é indispensável vir conhecer, mas, aviso já, é um local que agradece tempo ( do nosso ) na contemplação, e entre cada mergulho, preferencialmente até lhes perdermos a conta. 
Este ano encontrei tudo diferente, o caminho mais arranjado e sinalizado, ou seja não terão desculpas. É fácil e vale imenso a pena. 
Algures entre este paraíso esculpido nas falésias de lava existimos nós, aquela piscina natural, e imensa vegetação que nos faz sentir figurinos de uma sequela do Jurassic Park. Ouvem-se os pássaros a conversar, podem contar-se os peixes de tantos e de tão transparentes as águas, ou então podem fazer como eu, que me deixei ficar a saborear o privilégio de ali estar e a gravar cá dentro. 

Não tem filtros, e foi a primeira foto que tirei depois de escolher o sítio para estender a toalha na rocha. 

O céu a fazer-me sentir mesmo pequena ( no meu lugar ) 

O caminho, para verem que apesar de ainda serem uns minutinhos está tudo cimentado e portanto é super fácil. Reparem que eu fui de havaianas...

Indo eu, indo eu. Arrisco-me a dizer que quem não gostar de mergulhos em água fria e transparente e piscininha, a viagem vale por si só. 

É só charme este farol perdido no Atlântico 

Estas escarpas de lava pintadas a verde e pés mergulhados no mar, nunca me hei-de cansar

Tranquilinho é só seguir a placa !!


terça-feira, 19 de julho de 2016

Ver o mundo pelos teus olhos

Uns olhos que não se cansam de procurar, de saber, de perguntar, e de brincar. Uns olhos que lembram mas que esquecem, uns olhos que sabem rir e até chorar de mentirinha. 
Gostava tanto de saber o que vai nessa cabecinha loira como a minha quando não sabes dizer. 
Amor maior, a alegria com que vês as coisas dá sentido, dá alento, dá força e dá-nos a coragem para reaprender a descomplicar. ( Nunca me vou sentir em casa sem vocês por perto. )

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Voltar para ti

Esta bola de pêlo ficou em casa da avó a aproveitar a vida do campo, que é como quem diz a matar todos os insectos que pode, e que a minha mãe não vai a tempo de salvar!! Conclusão? Encontrei-a cheia de terra, e mais magrita, mesmo a tempo da consulta da Veterinaria esta semana, uffa! 
Voltar a casa é menos agridoce porque a tenho a ela, para me perder em ronrons. 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Açores continuas a ser uma jóia rara

Não me canso de ti.
Fizemos as contas e desde que nos conhecemos, ou melhor dizendo, desde que me foste apresentada, em 1998, já lá vão 18 anos, ou seja, contamos uma vida inteira. 
Quando aterrei a primeira vez, sozinha, com aquela saia rosa às flores e a tshirt  bordeaux, lembro que não tive medo, só ânsia de te conhecer. Lembro de achar o k200 pequeno, de ver a ilha do Dragão de cima e sentir de imediato que me renderia às suas escarpas e fajãs. Lembro de ter os abraços queridos à minha espera, e de terem sido semanas em que li todos os livros que havia para ler, em que acordei sempre cedo antes de todos, em que aprendi a fazer queijo fresco todos os dias, em que corri pela fajã grande abaixo em mergulhos incontáveis. Lembro-me de andar barco e mergulhar pela primeira vez em alto mar, de sair para pescar e não ter resistido em devolver os peixes ao mar perante a fúria muito pouco controlada do tio. Nunca me esquecerei de ver o Pico da Esperança, a Fajã dos Cubres, de Santo Cristo, das Almas e tantas outras. Lembro de ver divertida as vacas no ilhéu do Topo, de namorar todos os dias o pôr do sol no Pico, e claro de ir ao Pico e ao Faial. 
Sei que posso dizer que ainda não foi a última vez, porque voltamos sempre onde somos ( e fomos) felizes, sobretudo eu, que faço questão de me deixar levar pelo coração. 
Ao fim destas visitas todas, encontro sempre um recanto onde perco o olhar de encanto, e agora que tudo está tão perto do fim, penso em ti, em flash back, e sei que és uma jóia rara, que não perde o valor com o tempo, que conquista o seu lugar, que nos agarra e cativa, que nos prende, e leva sempre um sorriso no fim. Não é possível cansarmo-nos da tua beleza, entre o sol que te descobre e o nevoeiro que te esconde, Açores fecho os olhos e és assim: 


Como não estar, de todas as vezes, cada vez mais apaixonada por ti? Façam play, o cliché vai recomeçar !!!