sexta-feira, 5 de agosto de 2016

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Mais de um mês sem correr, dramas de sapatilhas

Tenho falado tanto sobre esta minha relação com as sapatilhas, e tem sido sempre sobre o lado feliz desta relação. Mas, como em todas as relações, temos tido altos e baixos, isto é, alturas em que estou mais motivada para treinar e dedico ( abdico?) mais tempo aos treinos, e alturas em que cumpro o calendário de treinos apenas porque sim. E depois há fases como esta em que estou há mais de um mês sem correr. Porquê? Não sei bem ao certo, mas sinto que esta relação precisava de um tempo...
De alguma forma, todo o empenho que coloquei na maratona fez com que o gosto que sempre senti pela corrida tocasse perigosamente a obrigação. O ritmo de treino era de tal forma ( para uma amadora fraquinha como eu) exigente que, às tantas, parecia que todas a minha vida dependia dele. Quando terminei a prova, foi como se tivesse ganho a medalha de ouro dos jogos olímpicos ( só que não ), mas ao mesmo tempo, senti um alívio agridoce  por já não ter aquela rotina de treino de quase 50km semana, sem contar com os restantes treinos complementares.  Pensei que com o tempo ia voltar a sentir  pulgas de correr mas isso não aconteceu, vieram as férias, e de repente tudo me parece um bommotivos para não correr ( nem treinar). Queria arranjar aqui um grande culpado, mas não consigo.
Dizem que é assim na corrida, uma relação de amor ódio, só que eu não a odeio, quero muito voltar para ela, tenho muitas saudades até, saudades de ter vontade de correr e aquela alegria de contar km. 
Preciso ser sincera em relação a isto: amanhã vou parar de esperar pela motivação e treinar sem ela. 
Quem se sentir como eu que se junte a mim nesta revolta, porque a verdade é uma, sou tão mais feliz a correr. 

( memórias de treinos solitários e felizes em São Jorge, Fevereiro)

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