sábado, 15 de outubro de 2016

Koh Samui

Deixo o Norte para trás e rumo ao sul, à praia. Cheia de vontade (saudades) de enterrar o pé na areia e encher o corpo de mar.
Tinha há muito decidido que queria fugir das praias mais procuradas e conhecidas, apenas e tão só porque nos destinos de massas se perde proximidade, e com ela a autenticidade que caracteriza um povo.
Ko Samui, localizado na costa este, foi a primeira ilha escolhida, e de moto (que medoooo) foi só parar onde os olhos se perdiam. Sem planos, nem horas marcadas, fácil, e bom (demais). Deixo-vos algumas fotos, espreitem lá. 

Praia de Lamai: 8h da manhã e eu a ver se a água estava boa (estava)

Coconut beach, já bem a sul.

Com o sol do meio dia, e cheia, cheia, mas só de charme.

Aqueles coco candeeiros!!

A moto e eu a tentar controlar o pânico (ups).

Porta dos elefantes ( e eu ali no meio, bem formiga).

Big Buda

Detalhe do templo

Inesperado e talvez por isso, o melhor pôr-do-sol.

Monges, quem aguenta este tufadinho enrolado a laranja?

Wat Plai Laem: templos e mais templos, onde é impossível não sentirmos a dimensão do nosso (pequeno) tamanho.

Chinatown (barraquinhas!!).

Lanna Hotel, onde me surpreendi, cada vez mais, com a capacidade de saber receber deste povo. Obrigada!

Pequeno rascunho da ilha e dos sítios onde fui parando. Eu sei, está uma obra de arte. Acho que dois dias e uma mota chegam por aqui. Qualquer dúvida perguntem-me, vou (vão) adorar.

[ ainda há mais, mais ilhas, mais praia, tanto!]



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Do oriente, com amor


O dia 13 será sempre um dia de sorte na minha (nossas) vidas, porque te tenho a ti, mana. 
Parabéns minha siamesa, alma gémea, amiga, guerreira, Rochinha. És sempre uma inspiração, um exemplo, a melhor amiga que poderia ter, a melhor mãe, a melhor irmã. Ter-te na minha vida dá sentido a tudo, no mau, porque sei que estás comigo com ou sem mar, e no bom, porque pode ser óptimo se partilhado contigo. 
Sinto que tenho sempre tanto por agradecer por seres a minha irmã, que celebrar o teu dia, todos os dias, seria pouco. Consola-me saber que és amada como mereces, e que as contrariedades te empurram para a frente. Mas sossega-me o coração saber que a M. vai ter sempre tanto a aprender contigo, a inspirar-se em ti, mas principalmente do que se orgulhar (como só nós sabemos o orgulho que é sermos filhas da nossa querida mãe). 
Em resumo, parabéns, este ano, directamente do oriente. 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O gigante e a formiga

Este foi o grande motivo que me fez conhecer a Tailândia, o elefante.
Tinha ouvido há imenso tempo a história (na primeira voz) de uma amiga de uma amiga (verdade!) sobre a sua experiência num campo de protecção de elefantes. Ouvi que o campo resgatava elefantes de maus tratos, recolhendo-os para um local onde reaprendiam a ser livres. Soube, desde o primeiro minuto, que um dia tinha que ir ver esse trabalho de perto. E vim. Foi a experiência mais feliz, mas sobretudo, mais enriquecedora de todas. 
Pese embora o elefante seja o símbolo nacional, e seja da sua natureza selvagem, ele é usado aqui como propriedade, quem o tem paga imposto por o ter. Tem principalmente duas funções: como mão de obra nos campos (como nós usámos o cavalo e o burro) ou como animal de circo/atracção de turistas. 
Deixo-vos o link do vídeo onde mostra claramente a tortura a que sujeitam um elefante para que ele passe de selvagem a doméstico. Acorrentado e amarrado a cada pata, chicoteado, agredido com facas e martelos, à fome e à sede durante uma semana. Espero que façam play, que tenham a coragem de ver até ao fim, porque acredito que é na nossa ignorância que reside o motor que propaga esta barbárie. 
O que faz então o Elephant Natural Park? Proporciona uma experiência absolutamente extraordinária: a de conviver, durante um dia, com estes animais magestosos, passear ao lado deles (e não em cima), preparando e dando-lhes comida, acompanhando-os até à lama, onde gostam de brincar para atenuar o calor, e assistir às, profundamente felizes, brincadeiras no rio, onde se molham (e nos molham), mergulham, e se tivermos sorte, se disponhem a que os escovemos. 
Tive(mos) imensa sorte por mais ninguém ter reservado aquele dia, e foi como se a tivesse(mos) marcado em privado. Não podia ter sido mais especial.
No site do parque há imensos packs disponíveis, o que escolhi foi o Hope for Elephant Program, os guias foram o A (só mesmo assim, perguntei várias vezes até ele achar que era lerdinha) e a Jang, e os nossos elefantes (tudo meninas) a Kamon e a Moyo. 
Acho que nesta fase já é óbvio que recomendo muito esta experiência, o programa e os guias. 
[Tenho tido imensa sorte com os guias, na sua paciência para as mil perguntas, paragens para pasmar e disponibilidade para fotografar tudo. É certo que é um custo acrescido à viagem, porém que faz todo o sentido se quiserem trazer um bocadinho da experiência tatuada em vocês. ]
Deixo-vos as fotos, sem legendas, sem filtros, e até hoje fico com a voz embargada só de lembrar o privilégio que foi.












[ espreitem o vídeo do instagram, não o vão querer perder, de todo]









segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Chiang Mai ( a Norte tudo faz mais sentido)

Rumar ao Norte da Tailândia sempre foi uma prioridade. Ora, porque? Porque sou do Norte de coração, porque o Norte é um pilar que orienta a minha vida emocial, e porque é no Norte que dizem morar o coração Budista deste país. Conhecer uma parte da Tailândia afastada da metrópole, dissociada do turismo fast-food, onde reinam as montanhas, os arrozais e o clima (mais) ameno fazia todo o sentido.
Fiquei muito longe de ver tudo o que a região tem para oferecer (Chiang Rai, o Triângulo, os trilhos na montanha, a tribo das mulheres girafas), mas o tempo também não esticou (mais) aqui. Precisaria no mínimo de mais uma semana completa na Tailândia (fica a dica), ou então de não querer saber tudo/ver tudo sofregamente (mas isso não seria eu!). 
A viagem foi feita de avião (pela rapidez e comodidade), mas do que percebi acho que é tranquilo fazer de comboio. Foi uma estadia de apenas dois dias super preenchidos, mas os mais ansiados por mim, os que me fizeram rir de alegria pura e chorar (tanto) de emoção. Deixo-vos as fotos do primeiro dia, deixem-se ir e seduzir. 




O Tiger Kingdom
Há muita controvérsia associada a este sítio que diz preservar e tratar bem dos tigres, mas que ao mesmo tempo os mantém cativos para delícias dos turistas. Tentei informar-me, ler comentários em vários blogues (de pessoas comuns que não são pagas para fazer publicidade), falar com quem tinha ido lá e acho que no fundo aquilo é tão mau como qualquer zoológico, onde não se maltrata fisicamente os animais, mas também não se respeita a sua essência (serem livres e selvagens). Tentei ser coerente, e se em Portugal vou ao Zoo, aqui também fui, porque a minha vontade de olhar de perto um tigre, sentí-lo a respirar, e poder tocá-lo falou mais alto. Decerto que esta decisão não será consensual, mas assumo-a. 
Escolhi ver apenas os recém-nascidos (entre 2 a 4 meses), mas há todos os tamanhos. 













Wat Prathat Doi Suthep
Reza a história que o elefante branco carregava uma relíquia de osso de Buda, oferecida ao Rei de Lanna ( Reino correspondente hoje à região Norte da Tailândia e Chiang Mai), parou no topo desta montanha, a mais de 1000m de altitude. Este facto foi interpretado como um sinal, e escolhido aquele local para construção do templo que guardaria a relíquia. 
Não há fotos que transpareçam a magia, a luz, a magnitude e a paz que se sente no sopé desta montanha misteriosa. São 300 os degraus que se sobem até ao templo, e lá em cima, bem alto no Norte, o coração bate feliz. O Norte faz tanto sentido para mim. 


















quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Ayuttaya - onde o tempo parou para contar a história

Durante o planeamento desta viagem tentei estudar um bocadinho da história e da cultura Tailandesa e Budista, para que depois toda a experiência tivesse mais significado (para mim). Nesse processo descobri e apaixonei-me por Ayuttaya, de tal forma que abdiquei de um dia em Bangkok (porque já havia esticado esta viagem no tempo até ao limite).
Durante a sua história a Tailândia (antigo Reino de Sião) teve 4 capitais: Sukhothai, Ayuttaya, Thonburi e Bangkok. De todas estas Ayutthaya terá sido a mais imponente. Arquitetonicamente é uma ilha aninhada por três rios (por estar rodeada por rios por todos os lados), protegida e soberana, acabou destruída pelos Birmaneses por volta do século XVIII. Durante a guerra, que os Birmaneses ganharam, incendiaram os templos da cidade e cortaram a cabeça de todos os Budas. Este acto terá sido muito simbólico, pois por um lado foi uma demonstração de força e a maior ofensa que poderiam ter dirigido ao povo Tailandês, mas por outro, uma forma dos Birmaneses se protegerem do mau Karma pela destruição dos templos (aquilo que o Buda vê nunca esquece). 
Depois disso, a terceira capital do país foi temporaria por 10 anos em Thonburi, até se mudar para Bangkok, onde permanece. 
Dizem que o Grande Palácio em Bangkok é uma réplica do que terá sido Ayutthaya (uauu). O seu valor histórico faz com que seja desde 1981 Património Mundial da UNESCO.
Com o fim da guerra, o pais decidiu mudar o seu nome de Reino de Sião para Tailândia, para esquecer a dor e a má sorte da guerra, mas também para tentar aproximar o país da modernidade do Ocidente (ao povo Tai acrescentaram o Land como England). 
Deixo-vos as fotos (e espero que se apaixonem como eu).












P.S: esta viagem foi feita com guia privado, uma escolha que fará sentido se quiserem beber a cultura, fazer mil perguntas e parar para contemplar ( e porque vos vão buscar e levar ao hotel de carro com ar condicionado, claro). Sunny ( you were the best)!!

E estes posts feitos graças ao jet leg que não me abandona e me faz acordar 2h antes do pequeno almoço abrir (socorro!).