sábado, 11 de janeiro de 2014

sábado, 11 de janeiro de 2014

let´s celebrate


O ano passado foi um daqueles anos em que senti que ano novo vida nova.
Queria mudar, perder a pele, sim, como  as cobras, queria mais, mais de mim, e fazer as coisas que realmente me fazem feliz. Todas as vezes, e todas as pessoas, que reclamaram e não entenderam porque ia tanto ao gym, que gozaram porque eu corria, porque corria sem chegar a lado nenhum... não fez diferença. Os meus trinta anos, e uns meses de disciplina mental prévia que o desporto me deu, fizeram com que desistisse de me agarrar ao medo, ao cómodo, e continuasse em frente. 
Acho que quem olha não vê a diferença em mim, esta é uma diferença que eu trabalhei narcisamente cá dentro, simplesmente porque queria sentir-me mais próxima de mim própria, sem me preocupar. Tive sempre tanta preocupação em ter certezas que, às tantas, foi-me difícil ter dúvidas e viver com elas, ou para além delas.
Os trinta anos permitiram-me que não sentisse mais vontade de provar que sou independente, e feminina, e forte, e segura. Se durante os vinte cresci, e quis muito provar que havia crescido, porque precisava mesmo, de alguma maneira fez-me perder da menina que tenho hoje a certeza, serei sempre, e da convicção de que sou muito mais mulher assim.
Para quem olha, esta  mudança que senti materializou-se neste meu querido cliché. Foi fundamental ter-me rendido aquela que foi a minha primeira grande paixão, as palavras. Se é certo que nunca deixei de ler, pese embora tenham existido momentos em que li mais ou menos, os livros nunca deixaram de fazer parte de mim, mas com o tempo não soube manter a minha relação com a palavra escrita. Escrever faz parte de mim, e o Cliché Cor de Rosa devolveu-me a esta parte que me é essencial. 
Durante um ano de cliché foi muito bom ouvir o feedback de todos, daqueles para quem foi uma surpresa completa, daqueles que sabiam da minha paixão, mas nunca a tinham lido, mas admito que foi sobretudo ouvir a minha família que me fez sentir que estava certa.
Embora seja um blogue que reprovará em todas as estratégias de marketing blogueiro, porque não é tematico, porque é muito pessoal, porque não é estratificado, porque não o associo a marcas, porque não tem uma periodicidade estipulada, enfim, o meu cliché é-me muito querido.
Gosto que tenha sido uma surpresa para muitos, gostei de me aperceber que pessoas que eu não esperava lessem o blogue e gostassem, mas gosto mais ainda que nada disso determine ou influencie a minha vontade de escrever, post após post. Gosto quando um post é lido por mais do que os 20 ou 30 seguidores habituais, mas também não me faz desistir das rubricas mal amadas, como o "na minha mesinha de cabeçeira mora".
Vou celebrar o aniversário do cliché juntamente com o meu, e sendo assim, não quero deixar de agradecer a todos vocês que têm estado, virtual e fisicamente, comigo. Obrigada, porque a vida é para celebrar, e eu já posso comemorar 30 e 1.
Agora vou só subir nos saltos e sair para dançar!!! play*****

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