Esta é uma história sobre como o oriente se tem tornado o meu norte. Uma história onde se esperam aventuras e borboletas.
Vou abrir e fechar a mala umas vinte vezes, fartar-me de aeroportos, mas com isto, aprender a economia do longe que se faz perto, e do pouco que é tudo. Quero deixar a sofreguidão do dia a dia, para me embrenhar na vastidão das diferenças que nos separam e unem.
Myanmar, quem és tu?
O cheiro entre o doce, o azedo e o estragado, que se estranha, mas logo a seguir já mal se nota. Os edifícios que ora são ultramodernos, ora estão em ruínas, uma herança que a segunda guerra mundial deixou para trás.
As cores são esbatidas, num céu que potencia a sua melancolia ou lhes confere um brilho inesperado.
Mas as pessoas, essas, são sempre diferentes e as mesmas. O mesmo andar ocupado, os mesmos rostos pintados a thanaca, as figuras pequenas e esguias, que nos olham curiosos e envergonhados, que nos observam com a mesma graça com que nós os olhamos a eles, de igual para igual. Mas são muito diferentes de nós, trazem com eles uma serenidade e um sorriso doce e fácil. A essência deste país são as pessoas.
[Que começe esta viagem-aventura. ]