Marquei encontro para as 4h da manhã, e estivemos todo o dia juntos, eu e o sonho. Entretanto, foi forçoso que eu acordasse, e gosto de lembrá-lo assim:
Ao amanhecer, o frio na barriga, a pele suada do calor e da comoção, a paz entre a multidão que assiste ao nascer do dia, e o silêncio que impera.
Sem surpresas Angkor é tudo aquilo que leram e ouviram falar, são todos os pixels das fotografias que já viram, e mais uns pós de perlimpimpim. Além da magnitude e da imponência da construção, da história que as paredes contam, o que mais impacto tem é pisar aqueles blocos de pedra e saber que foram transportados, um por um, por mais de 50km entre o rio, elefantes e à mão, por milhares de pessoas, há mais de 900 anos, sim estes todos.
É o maior edifício religioso do mundo, foi o centro social, político e religioso do império Khmer, no seu apogeu albergava 1 milhão de habitantes, enquanto que Londres à mesma data tinha 50 000. Dizem que é grande como a muralha da China, detalhado como o Taj Mahal e simétrico como as pirâmides do Egipto.
Simbolicamente, Angkor representa o Céu na Terra, e não é necessário professarmos o Budismo ou o Hinduísmo para que a espiritualidade nos faça tremer por dentro. Não é portanto difícil de perceber que ele seja o coração e a alma do país, o reduto da sua força e o seu grande orgulho.
(A história continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário