terça-feira, 22 de julho de 2014

terça-feira, 22 de julho de 2014

férias com o coração (III)

Sentada à janela, com o Pico ali em frente, fui planeando a próxima etapa. Quem está em S. Jorge facilmente chega ao Pico e ao Faial de barco, por pouco dinheiro, e em pouco mais de uma hora.
O grande objectivo era cumprir um sonho antigo, o de subir o Pico, acordar em cima das nuvens e ver o nascer do sol. O Pico, que é o ponto mais alto de Portugal com uma altura de 2351 metros, percorre-se por um trilho de mais ou menos 3800metros (ou 7400metros se contarmos com a volta), tem um desnível de 1100 metros, que se inicia aos 1230 metros, na Casa da Montanha, onde se regista a subida. Fomos com o guia Renato Goulart, e começamos a subida de madrugada, 2h da manhã, com luz de mineiro na cabeça e um bastão de caminhada como apoio. O melhor lugar é atrás do guia para ver bem onde é que ele apoia os pés, se bem que no caso do Renato, quanto mais eu olhava mais parecia que ele nem pousava os pés no chão! Em 3h10, imersos na escuridão e no silêncio profundo, sem medo, chegamos ao topo, e não se vê nada. Enrolada no saco cama dormi 1h, até ao sol aparecer, e me fazer sentir pequena e tola lá em cima. 

6h: O sol nasceu

Acordar acima das nuvens, com frio e despenteada, mas a explodir de alegria

A sombra do Pico ao nascer do sol (claro que levei o Mickey comigo!)

A descida, já de manhã - o pior. Subir ao Pico, não posso dizer que não custa, mas é fácil, já descer, não. Embora não tendo sofrido nenhuma queda, o facto de estar sempre a ver a base da montanha e demorar 3h40 a lá chegar, acrescido  da iminência constante da queda, fazem-me pensar bem se vou querer repetir.

Lages do Pico - neste dia senti-me pequena demais para tanto cá dentro, há que abraçar a vida e agradecer tudo o que  ela me dá: obrigada! Um pôr do sol com sabor a queijo e vinho Lagido, a não perder, no Hotel Talassa.


No dia seguinte apanhamos o barco para Faial, onde passeamos um bocadinho, sem resistir a provar o famoso bolo de chocolate do Peter Café e apanhamos o avião para as Flores. As Flores, é de longe a ilha mais bonita! Dizem os açorianos que quem vai aos Açores e não vai às Flores, no fundo não conhece os Açores. É verdade. Se tudo o que já disse aqui antes vos fez sentir tentados a ir aos Açores, as Flores são o argumento final. Contamos as estradas com os dedos de uma mão, e quase parece que estamos a entrar no Jurassik Park.  De tirar o fôlego.

As caldeiras - lindas! embora só tenha visto esta porque como se pode ver o nevoeiro era tanto que só deixava espreitar!

Fajã grande - com a piscina natural, as cascatas, e o restaurante, quase valia a pena ir tão longe só para os conhecer. O mar que varia entre azul turquesa e marinho, mas que quase deixa contar quantas pedras tem no fundo, de tão limpo que é!

Cascatas do Poço da Alagoinha

1,6km de distância de caminho de uma paisagem que parece um cenário de filme

Cascatas da Alagoinha - sem palavras

Poço do Bacalhau

Nas Flores, até as estradas são de pasmar


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