quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014 - 2015 vou ser melhor e maior do que tu, e vou agradecer



Este ano está a chegar ao fim e tudo o que mais quero é agradecer, portanto: obrigada. 
Quero agradecer apesar do que não foi fácil, apesar do que perdi, de quem perdi, de quem quase todos perdemos. Decido agradecer porque é mais fácil para mim acreditar no melhor. Olhar para um amor que foi é mais fácil de suportar pela alegria vivida do que pela saudade que nos atraiçoa, sobretudo quando o amor é amor de cão, porque poucos serão, infelizmente para eles, os capazes de compreender. A dor da falta é ludibriada por memórias felizes, ou pelos menos, é este o exercício mental que tento fazer. Houve ainda perdas maiores, sem palavras, perdas fora de tempo, à pressa, que me apetece apelidar de traição de um Deus maior. E um susto, grande, sem contar, de um amigo tão querido, cuja figura, postura e conduta é tantas vezes referida por todos como exemplar. Mas entre perdas e sustos decido-me mesmo, convicta por agradecer. Agradecer por estar aqui, por vocês estarem, por hoje ter a casa cheia e a que brindar. 
Ao L. quero deixar um abraço, como sempre faço questão de lhe dar quando o vejo, porque quando comecei a correr ele e o R.D. ajudaram-me tanto a acreditar que conseguia terminar a aula, com um companheirismo e solidariedade que só quem corre, em particular quem corre na Running Class HP Arrábida, entende de coração. A tua alegria a correr fizeram com que quisesse sempre voltar, e o teu companheirismo para com todos nós dizem de ti tudo o que precisamos saber sobre uma pessoa, ironicamente, o coração. Somos "só" companheiros de corrida, mas para mim, e tantos como eu, és uma inspiração. Neste momento em que o chão tremeu e receamos tanto e tudo, quero agradecer por estares bem. Queremos todos. 
Planeei mentalmente um post muito mais pomposo de fim de ano, mas como diz a minha mãe, a vida deu voltas e agora só quero mesmo agradecer: obrigada. 
Agora braços ao alto, sorriso nos lábios, um beijo e um abraço e brindemos a 2015. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

pinheirinho, pinheirinho, lá, lá, lá, lá, lá


Adoro o Natal, adoro. Adoro as luzes, os pinheirinhos, o presépio, as velas acesas, a minha casa vestida de vermelho e branco. Adoro as cidades que se enfeitam, as árvores vestidas de luz, tudo. Mas depois vem o essencial, que é juntar a família, ver os primos que nunca vemos, brincar com os primos novos que nasceram e com aqueles que não param de crescer. Os bolinhos de bacalhau e a aletria da minha mãe, o bolo de noz da tia, o bacalhau cozido e a lareira acessa a trazer o Verão para dentro de casa.
Gosto que nesta época as pessoas se esforcem por ser melhores, que tentem pensar no outro, que as palavras de carinho sejam ditas mais vezes e se faça um esforço por nos reunirmos com aqueles que nos são mais queridos. Gosto das coisas que nos fazem querer ser melhor, e gosto do Natal por isso. É claro que também há o Natal de quem compra mais prendas, o Natal de quem ganha o campeonato de quem dá ou recebe as melhores prendas, o Natal de quem tem a agenda mais requisitada, ou ainda do que veste o modelito mais in nas tradicionais festas de Natal. Há, não vale a pena tentar negar. Contudo eu prefiro focar-me no lado melhor, e tentar ser melhor pelo menos um bocadinho do que até agora.
O Natal vem antes do fim do ano, e com o ano novo ambicionam-se coisas novas e melhores. No Natal agradecemos, no Ano Novo planeamos o futuro, sonhamos com um ano melhor, do qual nos possamos orgulhar no Natal seguinte, de um ano que possamos voltar a agradecer, numa cíclica forma de plano-trabalho-obrigada, que embora previsível dá sentido às coisas, e à vida.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

presépio by inês carvalho

o meu presépio é pequeno e muito simples, porque eu gosto dele assim

comprei as figuras numa feirinha em Óbidos há uns anos, e aplico-lhe uma árvore de tronquinhos atrás, e não precisa de mais nada, só luz e amor

Assim:)

sábado, 20 de dezembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

uma bola aqui, outra acolá

Os enfeites favoritos continuam:

o pinguim não podia faltar

nem este floco de neve tão, tão antigo e do qual gosto tanto

a base do meu pinheirinho, adoro!

domingo, 14 de dezembro de 2014

enfeites do meu coração

veio da Índia, e trouxe boa sorte com ele (foi o que me disseram)

amigos que são família, esses, queremos sempre por perto J&V

este coração é Francês e veio carregado de carinho pela R.

esta esfera veio até mim cheia de sonhos e planos pela D&O 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

detalhes que são memórias queridas

Natal é família.
Os amigos queridos são a família que escolhemos ter nas nossas vidas.
MR, obrigada, este ano celebrarmos esta família que cresce***
(os que o tempo nos levou, e leva, esses então, fazem parte de nós)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

na terra dos sonhos...

Podes ser quem quiseres, ninguém te leva a mal. Esta é a música que tem morado na minha cabecinha loira. 
Isso, e borboletas no estômago, que andam comigo por todo o lado, e, às vezes, nem me deixam adormecer. 
Novidades? uploading...

P.S: ficaram curiosos? Ainda bem, 
porque vou contar tudo, não tarda nada!


domingo, 23 de novembro de 2014

sábado, 22 de novembro de 2014

diamonds are a girl's best friend

É, ou não é? Conheci hoje esta marca portuguesa de chocolate artesanal e estou apaixonada, ora espreitem aqui! São chocolates que comemos primeiro com os olhos e que depois fazem valer cada caloria pelos sabores tão originais. 


Cada tipo de diamante corresponde a um sabor, é claro que o meus favorito é o de chocolate negro de sabor a caipirinha, a café, a licor beirão, o diamante bruto, hum, quer dizer, afinal gosto de muitos! 
Encontrei-os na feirinha do Centro Comercial Bombarda hoje, mas vão estar também na feira Essência do Gourmet em Dezembro, visitem, ou então aproveitem a loja online. Não se vão arrepender, se há coisa em que sou entendida é em chocolate!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

mea culpa

Eu podia fazer esta pergunta a mim mesma, podia, podia até fazê-la vezes quatro, mas para quê?
 Se eu sei a resposta. E gosto deles mesmo assim***
a casa da doninha Inês é que é fixe, posso ir para o sofá e ainda me tiram fotos!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

quem é, quem é?

é o Natal! já chegou aqui a casa e eu tenho cada vez mais vontade de viver, de rir e de amar,
porque no Natal é tudo melhor, ou é mais fácil acreditarmos que assim será!
Quem é que já deixou entrar o natal?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

efeito kinder surpresa

Era o meu último dia em São Jorge e, como pretexto, fomos beber chá e comer bolinho à casa de chá da A..E eis o que aconteceu:

Caixa de chá da Inês

com andorinhas :)

com uma referência ao meu querido cliché

e que tratei de encher de chá mal cheguei a casa!

Recebi este presente, que para mim foi tão especial, inesperado, e me deixou emocionada, pelas mãos da também pequena M. 
A M. é filha de uma amiga da minha mana, que tem sido uma surpresa para mim, porque, na verdade, já não esperava encontrar e conhecer pessoas tão genuinamente simpáticas e acolhedoras. Já conhecia a M, a R. (e a companhia da C.) de ouvir falar (bem), e já gostava, porque nós gostamos daqueles que fazem bem aos nossos, não é assim? Mas a empatia imediata aconteceu nas férias do verão, e ao primeiro olá. Ainda que custe ter a mana sozinha numa ilha, custa um bocadinho menos quando sabemos, e ainda menos um bocadinho quando sentimos, que existem lá pessoas que a acarinham, como nós, que estamos longe, gostaríamos de poder fazer o tempo todo. 
Ter sentido e recebido uma manifestação deste carinho que se sente ser tão genuíno, fez-me tremer por dentro, tremer de alegria, de comoção, de agradecimento. Obrigada! Obrigada M. por teres decorado esta caixa de chá à minha imagem, cor de rosa, com a Minie, com as andorinhas e o meu blog. 
Foi o primeiro presente que recebi para o blog e não podia ter ficado mais feliz, mesmo! A vocês, muito obrigado por todo o carinho, e sobretudo pelo carinho com que preenchem os dias da mana e da M.  


P.S: como se já não bastasse a sorte de ter recebido este presente delicioso, a dona da casa do chá quando soube que me ia embora chamou-nos para nos oferecer um cálice de licor de amora dos Açores, que eu adoro! Obrigada também!

sábado, 15 de novembro de 2014

SOS cagarro

Na minha visita a São Jorge deparei-me com a campanha SOS Cagarro, e fiquei enternecida.
Quem não conhece o Cagarro, é mesmo porque nunca foi aos Açores, porque eles estão por todo o lado e à noite fazem-se ouvir, e bem. Oiçam bem:




Quando é pequeno tem este aspecto amoroso, e só por esta imagem vê-se logo que vale a pena colaborar!


Vamos lá explicar....



Eu faço aqui a minha parte, amigos Açoreanos e potenciais turistas, façam a vossa! Digam lá se não dá vontade de ajudar?
As caixas são como estas:



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

amor que me fazes maior, obrigada

Depois de muitas semanas de trabalho não stop surgiu a oportunidade e rumei aos Açores, sim sim, novamente. 
Para quem se perguntar outra vez?, digo apenas que não estou totalmente em casa quando o meu coração tem pequenas partes no oceano. É preciso um esforço, e ginástica para estarmos juntos, inteiros, de coração.
Esta viagem, revelou ser de pequenas coisas sem preço. Coisas tão pequenas como tomar o pequeno almoço com a minha irmã, há quanto tempo não tomávamos um pequeno almoço juntas?, andar de carro (dela), beber um bom chá preto Gorreana, falar sobre as coisas que só falamos uma à outra, ir buscar a M. ao infantário, vê-la a correr para o meu colo.. isto, pequenos grandes nadas, que são tudo.
A M.? Acho que está numa fase em que crescer parece mesmo inevitável, irremediável. Ainda é um percentil 25, mas tem imenso cabelo, e, principalmente, resposta para tudo, um porque, porque, porque na ponta da língua, pronto a ser disparado. Se sempre soube que ela era uma rochinha, agora tudo nela transparece isso, só que depois ela vem a correr para o meu colo, sem se saber de onde, dá-me um abraço e eu pergunto, então o que foi? É que eu adoro-te e amo-te. E eu insuflo como um balão, de hélio, e tudo.
Então, minha semana foi assim:
Eu quero que contes a história da Tanta de Neve.
Dar a sopa à M. e, no fim, perguntar, então a sopa estava boa? estava quase fria, e não saber o que lhe dizer....
M. já chega de incorporares um esquilo, já me dói a cabeça! doi-te a cabexa madrrrinha ? toma um pipimido e ficas boa...
Ou eu quero ver bunecos no teu tatador (também conhecido como computador).
Acordar com ela todos os dias, às 8h, a dizer:  madrriinha dá-me uma coça de beijos, ou madrriinha vamos levar o guilherme à neve, madrriinha, madrriinha, madriinha, inês! anda ver bunecos, etc.
M. estás de xuxa, ainda és bébé? e ela com o sorriso traquinas diz, xim, ainda xou um bocadinho bébé, não faz mal, a mãe dixe. 


M. nas aulas de natação, porque a melhor forma de impedir afogamento na infância é mesmo aprendendo a nadar, e ela adora

M. num misto de charme e asneiras


M. a preparar o jantar muito empenhada

M. a ver bunecos no tatados da madrrinha

sábado, 25 de outubro de 2014

amigos cá em casa? é assim

Temos motivo? Não? Vamos já arranjar um, sim, esse, isso, pode ser.
Temos quorum? Não? E amanha? E depois de amanhã? E durante o mês que vem? Dá? É esse dia então, está decidido. 
Ora agora vamos à parte prática: 
A casa está limpinha? Sim há-de estar no dia!
E cheirosa? Acender velinhas por todo o lado, porque para mim nada melhor do que um aroma bom para fazer os outros sentirem-se bem vindos. 
A ementa, qual vai ser? Ora bem, penso sempre numa receita mesmo boa e fácil, como as que a J. me ensina, ou então arrisco uma toda xpto que o H.V. faz e eu tento fazer, mas claro está, nunca é a mesma coisa. 
A toalha da mesa, qual vai ser? Ah hoje vai ser a nova!
Que pratos escolher? Os meus Bordalo Pinheiro do coração, claro, é só escolher uma cor a combinar!
Os copos? Já está!
Flores? Gosto de receber como gosto de estar, com flores. Toca a ir comprar flores!
Ir ao supermercado, quando? Sempre à última da hora!
Quando é na casa dos outros, poucos são aqueles que perguntam aos anfitriões se precisam de ajuda, mas quando é aqui em casa, os meus amigos já sabem que o meu carinho é muito, mas a minha vocação para a cozinha não é igual, logo, durante a tarde, o mais tardar (desculpem a redundância), recebo sempre uns telefonemas a oferecer ajuda. A verdade é que às vezes já estou em stress e aceito, outras em que estou super confiante e só peço que tragam fome, porque a verdade é uma, com fome tudo sabe melhor. 
Depois disto tudo escolho uma musica ambiente, escolho uma roupa gira mas muito confortável para estar em casa, esforço-me, esforço-me por ter tudo pronto 30 minutos antes para respirar e confirmar tudo. E depois? Depois é só esperar que a campainha toque, ou que toque o telefone a perguntar qual é a campainha, e quando estamos todos juntos, não há que enganar, corre sempre bem. 


PS: sabemos que são amigos, quando, depois de irem embora, não são pratos que ficam por lavar, é só a alegria de estarmos todos juntos. A vocês, obrigada!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

garmin meu, garmin meu, há alguém mais tartaruga do que eu?

Cliquem aqui, ou simplesmente confiem em mim: não, não há.
Voltei aos treinos, quero eu dizer, tenho regressado lentamente aos treinos, o que quer dizer, na prática, que me sinto uma tartaruga nas aulas. Não levei o cardio frequencímetro (porque me deixa sempre mal disposta), mas se tivesse levado muitos olhariam para o gráfico e iam procurar um DAE... 
Mas correr não é só isto, é cantar os parabéns, é comer bolo quando há festa e sobretudo quando não há, é dar prendas a pessoas especiais como a V. que nos fazem acreditar na generosidade, é correr quando está a chover, e quando faz calor mesmo que seja à noite, é abdicar de sábados à noite sem grande pesar. Para mim, que tive a sorte de começar a correr num grupo destes, correr  é mais do que uma perninha depois da outra, correr é isto tudo. E agora podem gozar, porque eu sei bem que tu e tu e tu me gozam!!!, podem roer-se de inveja, sim, sim, eu sei!, ou então podem também juntar-se a nós. Pensem nisso, que eu vou ali dar uma corridinha.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

aconchegas-me, e eu gosto


Já quantas vezes não disse aqui que adoro collants?!! Adoro, adoro, adoro... penso até que será das poucas coisas que me conforta quando chega este frio de Outono/Inverno. Este ano, a Calzedonia superou as minhas expectativas com este mini filme encantador, romântico, com aquele aconchego que só uns bons collants nos oferecem. Gosto muito, e paro sempre em frente à TV a ver, ainda não me cansei. Quem melhor do que um sonho de mulher, na cidade do amor para nos fazer parar e sonhar? Voltava já a Paris (também). 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

o cliché cor de rosa vestiu VERMELHO!

Este ano voltei a inscrever-me no Porto Urban Trail, mas com novidades. A primeira foi fazer a prova sem treinar há dois meses, e portanto: que dores e que sacrifício!
A segunda foi que este ano FINALMENTE tivemos direito a uma camisola de equipa propositadamente criada para o grupo(s) de corrida do(s) ginásio(s). Eu sei que pode parecer um cliché, mas na verdade, quando corremos em grupo, e há um claro e expansivo sentimento de pertença, a verdade é que só queremos que essa alegria e união se materialize. Correr é um desporto individual, mas correr em grupo faz-nos ir mais longe, e sobretudo, a mim pessoalmente, vincula-me, deixa saudades e muita vontade de regressar, sempre. Portanto obrigada HP Arrábida, há muito que esperávamos por ela, e merece-mo-la há mais tempo ainda.
A terceira novidade, e última? A chuva, céus como choveu! Mas quem é que quer ficar encharcado e gelado antes da prova... Com boa disposição e alguma coragem corremos os 12km a subir e descer os paralelos do Porto sem patinar. Mais uma vez a prova esteve bem organizada, mas falhou, quanto a mim, nos abastecimentos, porque o primeiro só aconteceu já aos 7km, e foi o único até ao final, e eu tenho muita sede a correr! O percurso surpreendeu-me porque não sabia que ia correr na ponte do Infante, foi a primeira vez, e adorei. A par da minha falta de preparação física parece-me que este ano o percurso aumentou o grau de dificuldade, porque as subidas eram mais loooongas, e as descidas mais íngremes... ou terão sido só as minhas perninhas a achar isso? Não sei, no fim, tudo o que custou valeu a pena. Sempre. 

aqui está a minha cara a combinar com a cor da camisola! uffa!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

longe mas perto


Hoje quero muito fazer-te sentir que o nosso longe não abala o nosso lado a lado, porque não há mar que me faça deixar de sentir que o meu lugar é ao teu lado, do teu lado, sempre. 
Quando me ligas a dizer "Nês, olha, nem sabes, vais ficar mesmo orgulhosa de mim...blá blá" eu só posso rir e dizer "mais? daqui a nada insuflo, transformo-me num balão e apareço ai!" O tempo passa mas as nossas conversas continuam as mesmas!!! Continuas a ser o melhor presente que o pai e a mãe me deram, e por isso reinas aqui no meu coraçãozinho loiro. Parabéns mana, deixo aqui o carinho que não te posso dar hoje, mas que tu sabes nos une mais que super cola. Que o tempo passe e tu sejas sempre a minha inspiração***

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ébola ou a história do bicho papão


vai embora papão!



terça-feira, 7 de outubro de 2014

paixão desde adolescente

O Eça de Queirós foi o primeiro homem cujas palavras me fizeram perder o sono, para não perder palavra nenhuma, como se elas se fossem apagar com as horas. 
Conheci-o pessoalmente, tal como a larga maioria das pessoas com Os Maias, e fiquei rendida, apaixonada, embebecida... enfim. Lembro-me de quase ter feito directa no dia em que o comecei a ler, lembro-me de ser gozada por toda a gente por isso, de querer um João da Ega na minha vida, e de me rir tanto que o meu pai de vez em quando perguntava o que é que eu tinha. Hoje, diriam que era uma nerd, na altura era só uma caixa de óculos bem tótó, como combinava com o figurino. 
Eça, Conde de Resende, mais uma coincidência deliciosa que só fez aumentar o interesse. 
Ora, se o livro fez do Eça o autor Português do meu coração, com direito a receber toda da sua obra como presente da mãe por ter entrado na faculdade, a estreia do filme fez-me saltar do sofá, fugir do sono, do barulho das pipocas e ver o filme. 
E então? O filme faz honrar o livro, dá para acreditar?
Gosto de cinema mas, admito, não sou de todo cinéfila, nem entendida, ou tão pouco dedicada, mas já anteriormente, no filme do desassossego, o João Botelho me tinha feito render ao seu trabalho, obra, sensibilidade, jogo de luz sombra, tudo. Com Os Maias não foi diferente, o filme é como qualquer leitor apaixonado sonha que a sua obra seja tratada: com amor, profundo conhecimento, respeito, poesia e verdade. O filme que não pretendeu ser uma ridícula adaptação do antes ao agora, mas antes uma recriação quase teatral nos cenários, no uso do preto e branco e só depois das cores que nos marca o tempo, do guarda roupa, penteados, coches, tudo. O João Botelho filmou Os Maias quase, quase como eu o imaginei, e por isso estou-lhe profundamente agradecida.  E o João da Ega? Fiel e apaixonante, delicioso e divertidíssimo. 
Se estão na dúvida, o filme vale a pena. Acredito que muitos daqueles que não conseguiram ler o livro vão percebê-lo agora. A sátira do Eça está lá, e a actualidade dela também, porque o tempo passa mas a Portugalidade de que somos feitos não. Portanto, play:


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

sem culpa, mas com direito a indignação, por favor.

O meu carro tem quatro anos, é novo, ainda, quase... Não é?
Quando o comprei foi da maneira mais prática, porque não ligo nada a carros, a minha irmã sugeriu, o meu pai aprovou, fomos ao stand e comprei-o. Só isto, dez minutos. A venda mais rápida da carreira daquele vendedor, ele fez questão de me dizer. Está a fazer uma boa compra, este é carro é um óptimo citadino. 

Isto pareça quase displicente, mas como sou uma pessoa de memória infinita para as coisas mais pequenas, ainda consigo ver e ouvir dentro da minha cabeça o senhor a dizer que aquele carro era um ÓPTIMO CITADINO, e é mentira! Mentira!
Quase a chegar aos dois anos (exactamente no dia em que a M. nasceu!!!) acendeu lá uma luz que descobri ser o filtro de partículas. Mecânico: a menina anda muito devagar, tem que acelerar e isto passa. Não passou. A marca: a menina anda devagar? faz trajectos curtos? ah é disso! E que por muitas voltas que desse com o carro a acelerar como dizia o livrinho e os mecânicos, ele teve que ir à marca e mudar o filtro. Foi o que me disseram. Toda a gente me gozou, afinal quem é que avaria o carro por andar devagar? Eu até me ri na altura, mas a dizer que não ando devagar, só cumpro os limites de velocidade...
Aos quatro anos, ligam outras luzes, vou ao mecânico: a menina faz trajectos curtos? sim... anda devagar? chegou-me logo a mostrada ao nariz!!!!!!!!!!! devagar? não, cumpro os limites da velocidade. Deu-me logo um chocapic (desculpem-me a expressão), então eu compro um carro que é um óptimo citadino, ando nos limites da velocidade e agora a culpa é minha? Não é o carro que é deficiente? Era o que me faltava, eu tenho boa memória e até posso ter madeixinhas loiras mas a minha tolerância para que gozem na minha cara é muito reduzida e puff, já acabou.
Uns silêncios depois, uns dias sem carro, uns programa-reprograma o carro só para me fazerem perder tempo e dinheiro para, no fim, a solução ser uma peça que custa $$$, e ainda levar com as culpas. Eu não conduzo devagar, o carro é que é defeituoso.
Estou arreliada e cada vez mais detesto vendedores, mecânicos e carros.   

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

hoje o esperar fez valer a pena

Hoje os maus tratos aos animais são crime, e o meu coração rejubila!
Lembro-me de quando era miúda eu e um grupo de vizinhos nos organizarmos por semanas para alimentarmos e protegermos os animais abandonados das  rusgas que a câmara municipal fazia aqui, numa desumana procura para abate. Abate é crime? Espero que seja.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ausência de amor

Tenho estado novamente ausente, e mais uma vez peço desculpa e ao mesmo tempo agradeço a tod@s que reclamaram de saudades! Esta ausência teve motivo de saudade e a razão do amor!
A minha adorada andorinha M., e a mãe dela, que coincide ser minha mana e a minha mais querida e melhor amiga estiveram cá! Depois de três semanas de férias nos Açores onde estive quase sempre com a M. do meu lado, o regresso, a perda, e o tempo deixaram-me ainda mais saudadosa. 
Sinto-me mais em casa quando estamos todos à mesa, sinto-me mais eu, mais completa, mais feliz, muito mais serena. Quem tem um familiar querido longe entenderá o que digo, porque eles podem ter ido porque era bom para eles, podem estar bem lá longe de nós, podem ter um prazo de regresso, ou pelo menos uma forte intenção, mas quem fica, fica com o espaço vazio de quem foi, o silêncio que nos faz sentir abafados por dentro, e até se pode sentir sereno, mas não se sentirá completo.
Isto tudo para dizer que quando tenho a família reunida na casa dos meus pais simplesmente "não há para mais ninguém". O meu tempo livre é para correr para Resende, e tento organizar os meus muitos turnos (demasiados) no Hospital para estar lá. Foi o que aconteceu, e quando eles foram embora tive que trabalhar para compensar as folgas que gozei antecipadamente. Desde já agradeço a todos os meus colegas que me facilitaram as trocas e me proporcionaram uma vida familiar que a minha profissão tem teimado, sobretudos nestes últimos meses, em não dar. Obrigada a vocês, de coração!
Depois então da ausência e do meu blablá aqui fica um cheirinho dos muitos momentos de ternura e cumplicidade com a M. 

M. no parque
orgulho-me em dizer que ela é todo o terreno - adoro!
M: a rainha das travessuras

M. o que estás a fazer? saltinhos!

Um xi-coração, um abraço, um beijo
M. o que estás a fazer?
.. asneiras!
O feitiço de sapatos que a D. lhe fez, aqui está, todos servem, adora!
M. a grande condutora
M. na praia
e o dia acabou em versão croquete

Foi assim, e mais, e melhor!
Já vos disse que ser tia foi o melhor presente que a minha irmã (e o M.!) me deu? Obrigada mana, a tua filha é o meu doce terror favorito.