segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

13 - o meu número da sorte


13 foi o dia que a minha irmã nasceu.
13 era a idade que tinha quando conheci o meu primeiro amor.
13 foi o dia em que a minha irmã entrou em trabalho de parto.
13 é o dia de aniversário de um amigo muito querido.
2013 foi o ano dos meus 30 anos.
2013 foi o ano em que nasceu o kikinho.
2013 foi o ano em que casou a S&F.
2013 foi o ano do noivado da D&O.
2013 foi o ano em que a minha sobrinha disse o meu nome pela primeira vez.
2013 foi o ano e que a minha sobrinha começou a andar,
2013 foi o ano do cliché cor de rosa do meu coração.
2013 foi o ano da página em branco.
2013 foi o ano das borboletas.

Por estes motivos, e outros tantos : gostei muito de ti 2013****
(2013 fechou o balanço!)


sábado, 28 de dezembro de 2013

crescer: o que dói compensa o bem que faz


Crescemos com as lágrimas.
Crescemos com os tombos que damos, e com os joelhos arranhados que coleccionamos.
Crescemos a dar erros nos ditados e redacções.
Crescemos a ouvir, a falar, mas sobretudo quando aprendemos a ouvir e a calar.
Aprendemos  com os amigos, mas muito mais com os falsos amigos.
Aprendemos com o tempo que passa, e criva tudo, com o que marca e com o que ele leva.
Aprendemos com quem fica connosco, mas também com quem decide partir.
Aprendemos com os primeiro amor, mas aprendemos mais com os seguintes.
Aprendemos com os que nos amam, mas sobretudo com os que fingem amar-nos (ou simplesmente acham que nos amam, mas estão enganados, e a enganar-nos).
Aprendemos quando nos aplaudem mas principalmente quando nos apontam o dedo.
Aprendemos a dizer que sim, mas que é essencial aprender a dizer que não.
Aprendemos que o  importante é ter as pessoas certas junto de nós, para quando o chão fugir, termos em quem agarrar.
Aprendemos a confiar, desconfiando.
Aprendemos a andar sozinhos, com as feridas e algum medo de cair.
Aprendemos que o quanto doeu aprender, valeu a pena pelo bem que nos fez.
Crescer faz bem, mas dói muito.
Aprendemos que o caminho é em frente.
Aprendemos a ter coragem, e que vale a pena.

(2013, em balanço de inventário!)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O melhor presente de Natal: M


Eu, antes 2012.
Adoro o Natal. Adoro a lareira acesa e o aquecimento no máximo. Adoro todos a reclamarem do calor da casa, e eu sem frio e de manga curta, no único dia de Inverno em que isso me é permitido lá em casa. Adoro o vermelho, o branco, e o dourado e prateado de mãos dadas. Se houver diplomacia suficiente adoro que os meus cinco cães se juntem todos a nós. Adoro as luzes de Natal que trazem a magia do jogo de luz-sombra. Adoro um presépio pequeno e desnudo, como deve ser (na minha opinião). Adoro a árvore de Natal. Adoro o cheiro a canela e nozes, a alegria do meu pai por estarmos todos juntos e o nervosismo da minha mãe juntos das panelas, e claro, de for possível, um mar de presentes por abrir. Fico eufórica com as cores e o barulho dopapel de embrulho, e o efeito kinder surpresa.
Eu, depois 2012.
Adoro o Natal. Adorei quando ela estava só na nossa imaginação e na barriga da minha mana. Adorei quando ela viu a árvore pela primeira vez, e os seus olhos pequeninos se encheram de luz e alegria, e quando abriu os presentes pela primeira vez. E depois desse ano o natal é ela. São os risos dela, as birras pelo chão, o xxxim e nãaao, as fitas, os mimos, o pedir colo, o natal é a andorinha M. Não, não vou negar que continuo a gostar da magia das luzes, dos sabores, e da antecipação dos presentes, mas a alegria dela é que importa mesmo. A minha grande expectativa este ano era ver a alegria dela a abrir os presentes, e saber se acertei. O tempo passa, e é delicioso. O Natal é das crianças, a que cada um de nós guarda cá dentro, e das crianças de palmo e meio.

P.S: acertei, porque madrinha que é madrinha sabe!

sábado, 21 de dezembro de 2013

o frio veio para ficar? fui!!

Onde se lê frio, leia-se, Inverno. 
Não me restam muitas opções, senão escolher um refugio, e saltar lá para dentro, onde for seguro e quente. 
Até já Primavera, mal posso esperar pelo nosso reencontro. ****


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

o medo: ler e ouvir


na densidade aveludada da Amália
na inquietude atormentada da Mariza
 ou no contratempo da Sónia que nos renova - escolham, eu não consigo...

Crescer assusta.
Viver dá-nos tanta alegria, e força, e coragem, e é bom, bom mesmo, bom demais, quando se tem sorte (eu sei que tenho) que podemos paralisar.
Perder, sejam ilusões, planos, pessoas, amores, tira-nos o chão.
Acreditar, outra vez, levantar sem força e com medo, implica uma coragem maior do que o medo.
Crescer dói. Crescer faz bem.
E depois? 
A vida acontece, com tudo o que há de mau, mas principalmente com toda a magia. 
Basta acreditar.
(2013 a fechar para balanço)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

o tempo passa, sabe bem, e fica-me bem

Já falei tanto aqui sobre a minha relação com as sapatilhas de correr, que pouco haverá a acrescentar. Sobram apenas pequenos apontamentos de memórias e vivências. que não resisto em partilhar. 
Há um ano participei na minha primeira prova, a emblemática São Silvestre, e este ano, o ano em que a prova celebra 20 anos de existência, não quis mesmo faltar. É cliché, mas é bem verdade, que há coisas que o tempo não muda, e que há coisas que melhoram com a idade. 
A São Silvestre é uma prova acarinhada pela cidade, que tem crescido, em participantes, mas também em apoio, de amigos, familiares e anónimos, que num Domingo à noite, e frio (muito!!!), saem de casa para aplaudir quem corre. A alegria de quem corre não é possível de conter, mas a daquelas pessoas espalhadas pelos 10km do percurso suplanta tudo. 
O Porto vestido de natal, os baloiços de amor, paz, abraço, etc que enfeitam a Avenida dos Aliados fizeram o resto. Porque o que importa não é só vermos o tempo passar, é sentirmo-nos bem nele. E eu sinto, bem menos 2 minutos!

São Silvestre 2012






 
São Silvestre 2013























quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Eça voltou à mesinha de cabeçeira

É trágico. 
Termina na Rua das Flores. 
É demasiado óbvio desde o primeiro capitulo. 
Eça, não sei o que te deu quando escreveste este livrinho.
Por sorte, foi o último da tua obra que eu li. 
Não te preocupes, eu sei perdoar. 
Serás sempre o Eça do meu coração!!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

séries em série: bom!

How i met your mother
Quem é que não adora esta série? Cada uma das personagens, cada episódio hilariante, a amizade deles, as voltas e voltas que eles dão. De como é tão irreal, mas ainda assim, revejo-me sempre em parte daquela insanidade.Hoje foi assim!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

a vida é madrasta

Cresci a ouvir a minha mãe a dizer isto. Ela sabia do que falava, e dizia-o como se fosse um presságio, como se nos estivesse a preparar para este tipo de traições que a vida nos faz a todos, e perante as quais, ficando sem chão, nos sobra apenas um vazio enorme, e o silêncio. 
Hoje, como tantas vezes desde há um ano, tomei o pequeno almoço em casa dos meus pais, sem olhar o outro lado da margem. A memória traiu-me, e recordei aquela tarde de Natal que fizemos juntos, há 4 anos talvez, em que eu estava mesmo triste, e ele brincando com as cerejas que eu levara para o nosso lanche, me fez, a mim e a todos, rir e esquecer. Memória, não sei que quero lembrar, ou se quero esquecer.
Sim, a vida é mesmo madrasta mãe, mas apesar do pré-aviso não custa menos. E as pessoas não são todas iguais, há pessoas que são melhores que as outras, há as que fazem falta a mais gente, e que por isso custam mais a perder.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

porque quem corre é mais feliz: obrigada!

Faz agora um ano que comecei a correr.
Já tinha corrido antes, claro, já tinha tentado instituir este hábito a mim própria, sem nunca passar dos 2,5 km, mas foi há um ano que a corrida entrou na minha vida. Soube-o na altura, e é um conforto ainda hoje, saber que veio para ficar. 
Corro porque sim, porque gosto, e embora seja bem maior o meu gosto pela corrida, do que aquilo que eu, efectivamente, consigo correr, vale a pena. Se corresse tanto quanto gosto, seria um foguetinho.
Gosto do desafio que cria em mim, cá dentro, gosto daquele momento perto dos 5km em que já não sinto os músculos, só prazer. Gosto de ser privilegiada e correr  no abraço do rio Douro à praia, gosto quando é de manhã e está frio, e tudo em mim me diz que devia ter ficado a dormir, mas ainda assim me levanto, porque sei que vai valer a pena, gosto quando é ao fim da tarde e há a brisa do mar a brindar-nos, ou quando há por-do-sol a seduzir-nos. Gosto, e gosto mesmo muito. 
Correr não é um exercício de fuga, é até um exercício de encontro, porque quando corremos, mesmo que seja em grupo, corremos sozinhos. Cá dentro da nossa cabeça somos só nós, a vontade de correr, e a de chegar. E por isso correr é até encontrar-mo-nos cá dentro, porque na corrida a nossa cabeça leva-nos, tão ou mais longe, do que as nossas pernas, e isso fideliza-nos. Isso, e a liberdade. 
Se quem corre é mais feliz, quem corre é também livre. Só precisamos de vontade, porque corremos com chuva, sol, frio ou calor, de dia ou à noite, no asfalto ou em terra batida. Acho que quem gosta de correr, e se realiza na corrida, são também aqueles para quem o perfume da liberdade faz sentido. 
Gosto de correr com música, porque assim quando todo o meu corpo me berra a dizer que não aguenta mais, eu faço ouvidos de mercador, e continuo.
Gosto muito, mesmo, de correr no meu grupo, a RCHP. Correr em grupo é um compromisso, de que vou correr naqueles dias e naquelas horas, e portanto arranjo tempo para a aula, mas também é o compromisso de terminar o objectivo da aula, porque vemos os outros à nossa frente, e não queremos ficar mal, queremos superar-nos. Corro há um ano naquela aula e ainda hoje não sei o nome de muitos, mesmo muitos, dos meus colegas, e isso não me incomoda. Na verdade até gosto, porque naquela hora não interessa quem são, o nome, a idade, ou que fazem, nada, interessa que estamos ali todos por escolha, pelo mesmo gosto.  Isto une-nos, cria um espírito de equipa delicioso, surpreendente, e sem preço. 
Não poderia celebrar aqui o meu primeiro ano de enamoramento com a corrida, sem agradecer aquelas pessoas que têm responsabilidade clara nisso, logo: 
  • A., amiga e colega de trabalho, porque a tua determinação e velocidade, sempre foram e, serão sempre, uma inspiração;
  • HV., amigo e colega de trabalho, porque a tua conquista por uma vida saudável é um exemplo, e uma garantia de que somos capazes;
  • L. e RD., colegas e parceiros na equipa, porque quando comecei a ir às aulas vocês acolheram-me carinhosamente, fizeram-me acreditar, e com isso fizeram com que sentisse que o meu lugar também podia ser ali. Ainda agora olho para o L. e penso quando for grande quero ser como ele. RD. sentimos todos a tua falta!;
  • I., porque fomos ficando parceiras, quase sem nos apercebermos, e hoje em dia somos um bom desafio uma para a outra;
  • Às cenouras, que me incutem ritmo, e a todos os colegas do pelotão da frente porque inspiram, e os que correm atrás de mim, porque me fazem sentir acompanhada.
Em particular, e em especial, ao PS porque a ele devo todo o gosto que tenho pelo treino, o prazer que tiro dele, e a pouca disciplina com que o faço. Foi ele quem me chamou para a aula de corrida, vez após vez, sem esmorecer na motivação com que o fazia, nem no sorriso, mesmo quando eu me recusava a experimentar, e ainda brincava com ele. Porque ele sempre acreditou, mesmo quando eu não acreditava, e ainda hoje é o único que consegue despertar em mim a vontade de querer mais, mais quilómetros, mais velocidade, etc.. Pese embora, às vezes, seja mesmo só para o calar, porque a hipóxia já não me permite ouvi-lo mais!! Há um sentido de compromisso em mim, plantado por ele enquanto foi meu pt, e que perdura, e todos os benefícios (além do prazer) de que eu possa tirar proveito para a minha vida futura, fazem valer o investimento que ele foi. A alegria que retiro da corrida vou devê-la sempre a ele, porque só fui à primeira aula para lhe mostrar que não era capaz, e acabei por adorar.
Não sei se há um, antes e depois, na minha vida desde que comecei a correr, mas  posso garantir-vos que quem corre é mais feliz, e isso vale tudo!
fui ali ser feliz :) querem maior cliché?!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

amor desde menina: Parabéns!

O Mickey faz anos hoje, não é maravilhoso?
Gosto dele desde menina, e à medida que fui crescendo, este gostar teimou em mudar, e só soube crescer comigo. Não sei explicar porque é que ele é tão especial para mim, se é o vermelho e o amarelo, se é de ele ser um dos poucos ratos fofinhos, se é por ser engraçado e travesso, se é porque sempre teve e Minnie na vida dele. Não sei. Mas não é a primeira vez que vos falo dele aqui!!!
Eu cresci, mas cá em casa as coisas não mudaram muito, ainda há Mickeys por todo o lado. Começa na chave do carro, na chave da porta, nos quadros da cozinha, dos imans do frigorífico que são vários, da torradeira, das caixas, das meias e pijamas, e até camisolas!
Hoje, que é o dia dele, sinto que lhe devo uma homenagem, porque ele fez a minha infância mais feliz, e por isso, obrigado!!

domingo, 17 de novembro de 2013

and pause...: movie time!

Esta ausência do blog tem um culpado, o tempo! 
Entre o trabalho e os trabalhos, o gym, o sono leva a a melhor de mim. Nestes dias, o truque, foi fazer pause, e deixar-me levar depois do play, e em três takes, de movie time. Vamos lá!

TAKE I: Last days on Mars


Eu devia ter dito que não, devia, mas não disse! Não foi pela inferioridade numérica, muito menos a de género, mas a mistura de ficção científica e naves espaciais, regadas por sangue e um final que fica em suspenso, deixaram marcas na minha memória. Eu tive medo, e não foi bom, vão por mim, não vai valer a pena!

TAKE II: Monsters University


A Disney não desilude: obrigada! Uns monstros mais feinhos que outros, mas uma boa história, sem sustos, com tudo a que a animação tem direito, e nós também! Vale a pena ver e não esquecer que não há nada que nos impeça de chegar onde é o nosso lugar. Sonhar vale a pena, só é mesmo preciso acreditar.

TAKE III: O Mordomo


Há filmes que nos fazem render, que nos fazem pensar como é que isto foi possível?, e há filmes nos fazem lembrar a magia do cinema. Decidi-me pelo Mordomo, só porque o Rodrigo Leão do meu coração é o responsável pela banda sonora que nos faz render, mas o filme superou-me. 
Podemos falar do elenco, e dos cenários, da caracterização de época, em tudo, desde o guarda roupa, às casas, mas este é um filme que não permite que esqueçamos as atrocidades que os homens já fizeram, uns contra os outros, só porque alguns de nós são brancos e outros negros. Há imagens reais que passam no filme, e relatos de acontecimentos verídicos que me parecem irreais. Irreal pode ser bom, porque estamos já tão distantes daquela mentalidade racista, mas por outro lado, o irreal é também perigoso, porque nos deixa quase esquecer do quanto os Homens sabem ser macabros, uns para os outros, uns contra os outros. 
Vale a pena por tudo, mas no fim, não esperem ficar indiferentes, vai fazer mexer tudo aí dentro.E por isso, mas não só, valeu mesmo a pena!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Parabéns continentais!!

olho para aqui e consigo ouvir-te a rir***
Tudo o que possa dizer, ou acrescentar, sobre ti é sempre pouco. Eu tenho a sorte de te partilhar com a mana, e de te termos nas nossas vidas. Todos os outros têm a sorte de te conhecer, e serem brindados com o teu sorriso. Nunca passei o teu aniversário afastada de ti, este é o primeiro ano, mas mesmo assim, sinto-te aqui bem pertinho de mim. Parabéns, pelo aniversário, pela mulher e pela mãe que sabes ser, todos os dias!
P.S: quantos anos fazes?****

domingo, 3 de novembro de 2013

Family Race


Domingo, 7h da manhã, eu já estou equipada para correr, embora ainda não acordada, e só penso que realmente cheguei ao limite da sanidade mental, 7h!?
Primeiro é preciso desculpar-me com os meus colegas pelos meus grunhidos matinais, porque quando cheguei ainda não tinha acordado por completo, e não, o meu acordar não é nada bem disposto. Desculpem...
Segundo, tenho que agradecer ao professor, que me deu o pão dele para eu comer, já que não tinha pão em casa (sim, sou uma fada do lar deste nível...), e a própria padaria da minha rua, e que é um Mimo, também achou que 7h era demasiado cedo para abrir, obrigada PS.
A prova? Adoro a organização da RunPorto, mas admito que prefiro percursos circulares e não de ida-e-volta, mas isso, eu sei, são cismas minhas. Foi uma prova feita com esforço, muito, muito, mesmo, porque isto de eu me inscrever, e depois não ter cabeçinha para me preparar como deve ser, faz com que os 16km sejam mais penosos do que na realidade são, ou precisavam ser. O que vale é que alegria de ter cumprido, supera em muito o esforço. Tivemos vários abastecimentos de água, o que para mim é importante, mas no fim achei que me faltava qualquer coisinha para comer, uma frutinha? Afinal sempre foram 16km. O tempo? O meu querido Garmin, do qual já vos falei aqui diz que fiz 1h37min, mas o que importa é ter cortado a meta, isso sim.
O sol esteve connosco, e foi bonzinho, marcou presença mas não aqueceu muito o ambiente, e já está. 
Para o ano, há mais? Para o ano vou ver bem a agenda antes, está prometido D.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Baby girl: qual a melhor maneira de começar o dia?

Hoje o meu dia começou da melhor maneira: ofereceram-me um frasco de nutella com o meu nome. Foi uma surpresa mesmo boa, boa, boa. Obrigada ao nosso Chef  HV, pelo presente. Surpreendentemente, fui sensata, e decidi deixar o frasco no trabalho, para partilhar com os meus colegas, e a alegria vs ruína não ser só minha. Mas mal posso esperar por sentir aquele maravilhoso sabor a chocolate e avelã.
É fácil fazer uma criança feliz: obrigada!!!!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Vamos ser sérios em relação a isto...

 Li o jornal e deparei-me com esta lei/projecto que visa, entre outras coisas, limitar o número de animais domésticos em apartamentos a dois cães ou quatro gatos, e só consigo pensar que isto é, absolutamente, nem sei... Irreal? Despropositado? Hipócrita? De fantoche? Redutor? Sim redutor, em absoluto.
Defendo sem pudor os direitos dos animais de estimação, mas não me venham dizer que o problema é em que número vivem por apartamento. Conheço casos de pessoas que têm um cão de marca numa moradia, com jardim, mas onde ele vive, preso, acorrentado, por uma trela. Onde é que ficou a dignidade do cão? O direito dele a brincar, a correr, a passear, a Ser cão? 
Devíamos todos aproveitar a oportunidade deste rascunho de lei, e discutir com seriedade os direitos dos animais. Direito a ter um dono que, por exemplo, não os abandone. É inadmissível, para mim, como cidadã, que possa incomodar aos orgãos de poder quantos cães ou gatos há por metro quadrado, se faça uma lei nesse sentido, mas que, em paralelo, se seja conivente/cúmplice com o abandono e maus tratos dos animais. 
A lei, a existir, deveria ser a punir criminalmente o abandono e maus tratos dos animais, e com penas gravosas, não só de multa. Se querem uma lei, vamos fazer uma que obrigue os donos, não a ter metros quadrados por animail, vamos fazer uma em que os donos tenham que ter competências para os criar, educar, e sejam responsáveis por eles, por tudo e em tudo.

Quem não gosta de cães não gosta de gente.  Vamos pensar nisto.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

rosa selvagem ou viagem ao passado

O slogan: livre como uma criança, selvagem como um lobo.
Eu sei que aqui reina o cor de rosa, e não sei se isto se poderá vir a  tornar um cliché, mas a verdade é que me deixei levar (sim outra vez!) pelo desafio, e inscrevi-me na prova "Call of the wild". 
Foram 9km, 30 obstáculos, chuva, lama e água até à cintura. O resultado? Óh pá, gostei muito mais do que estava à espera.
Primeiro, achei que era uma toleira aquilo, depois às tantas perdi-me da minha equipa e fiz a prova praticamente sozinha, e dei por mim a rir, de dentro para fora, porque tudo me fazia lembrar as férias escolares que ia passar na aldeia da minha mãe com o meu primo M.
Rastejar no chão, saltar cordas, escorregar por uma ribançeira, trepar paredes de granito, saltar galhos de árvores, andar a correr dentro do mato, entrar em tanques de água, rastejar na lama, subir e saltar fardos de palha, calcar propositadamente poças de água... enfim, estivesse lá o meu doce M., e a viagem no tempo seria integral.
Agora, nem tudo foram rosas. A organização foi fraquinha, muito. Para levantar os dorsais demorámos a vida toda, e à chuva. Ainda hoje estou à espera de receber a garrafa de corrida pela qual paguei, mas que não chegou a tempo da prova...
O percurso estava muito mal marcado, e faltavam pessoas, demasiadas, durante o percurso. Tenho a certeza de que não fiz lá uma voltinha, deixei de ver os meus colegas e perguntei a um elemento da organização por onde continuava e ele lá me orienta e quando dou por mim estava ao pé de um grupo que ia muito mais avançado do que eu... Enfim. No campo de futebol as voltas a mais foram grátis para quase todos... Eu não, uffa! Em mais do que uma situação tive dificuldade em perceber a marcação do percurso, e depois no fim, ouvir uma pessoa da organização dizer " olha vamos ver esta a cair", só me apetecia chamar a brigada anti atrasados mentais. Bom eu não caí, claramente!!! Mas tive pena que não tivessem caído os dentinhos ao atrasado, ai isso tive!
Ainda assim, vai-se lá entender, gostei muito, e até queria bis!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

afinidade e enamoramento de longa data

Lembro-me do dia em que foi inaugurado o Arrabidashopping, como se fosse hoje. Naquele tempo, foi o acontecimento do ano, claro! Andava no 8º ano e nessa tarde, no fim das aulas, eu e os meus amigos saímos da escola e fomos para lá a correr, cheios de vontade, como se não houvessem já centros comerciais suficientes. A diferença? A este podíamos ir a pé, da escola ou de casa, e isso sim, era entusiasmante. 
Lembro-me de acharmos tudo bonito e grande, de corrermos as lojas porque estavam a dar pequenas lembranças, mas principalmente lembro-me de fixar os olhos numa loja totalmente nova para mim: a calzedonia. Naquele dia, cheguei a casa a dizer à minha mãe que havia uma loja onde, os meus sonhos eram realidade, com collants de várias cores. 
Lembro-me dos primeiros que comprei, e que ainda hoje tenho, em muito bom estado, os cor de laranja. Lembro-me de ir com eles para a escola toda orgulhosa e de ser gozada por toda a gente, mesmo. Mas também me lembro de não me importar nada. 
Hoje ainda é assim. Desde então fui comprando, e quase colecionando duas gavetas completas de collants. Sim, já ultrapassam as 100 unidades, mas em minha defesa devo dizer que uso collants quase todos os dias entre o Outono e a Primavera, e que portanto, nem são assim tantas. 
Organizadas por cores, tenho-as quase todas para delírio meu, e desespero de algumas pessoas, ainda. Lisas, com padrão, caneladas, em renda, de lã, de vidro, de rede fantasia, às pintas, ao xadrez, opacas, semi-opacas, transparentes, e podia continuar seguramente. 
Gosto porque podem dar um ar de menina, que eu adoro, podem ser básicas e resolver qualquer problema, podem ser sexy, fazem é toda a difenteça para mim. Quando estamos no Verão a única coisa de que sinto falta é dos collants. 
Há uns anos atrás a Calzedónia fez este anúncio de que nunca me vou esquecer, mesmo. Revejo-me inteirinha nele, podia ser eu ali!


Nesta colecção os meus olhos enamoraram-se por aqui:





Na loja há mais, e vale mesmo a pena alimentar esta relação!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

a fruta rainha

Hoje é o dia da maçã. 
Para mim todos os dias são dias de comer uma maçã.
Fresquinhas, crocantes, sumarentes e num misto de ácido e doce, as maçãs Quinta do Forno são as melhores do mundo, e foram construindo um club de fãs alargado ao longo dos anos, sem modestias.


sábado, 19 de outubro de 2013

correr à noite no Porto Urban Trail


Inscrevo-me nas provas sempre por desafio, dos outros. Da única vez que me quis desafiar a mim própria, lesionei-me nos treinos e fartei-me de chorar, como se fosse uma tolinha, ou pior, como se correr fosse a minha actividade profissional...
Parece que ainda estou a ver a cara do ortopedista a dizer-me " se quiser ir correr a prova não a posso impedir, mas não o fará com o meu consentimento" puff! De cada vez que o encontro no corredor, a memória embaraçada deste momento faz-me parecer que ele se ri de mim, por dentro.  Mas depois rezo para que seja cisma minha.
Bem, desta vez, inscrevi-me no Porto Urban Trail porque "porque não?", e foi tudo diferente do que eu esperava.
Primeiro: achei que ia dormir depois da noite MAS mentira, não dormi um minuto.
Segundo: achei que ia descansar em casa MAS mentira, tive que ir de comboio aos meus pais buscar o carro, o comboio avariou, e demorei 1h30, a mais.
Terceiro: achei que ia passar o dia sem pensar no assunto MAS mentira, passei o dia a doer-me a barriga de nervos miúdinhos. "ai não vou conseguir dormir, ai o comboio avariou, ai queria tanto chegar a horas do almoço da minha mãe, ai ainda tenho que ir para o Porto, e a conduzir, ai ainda tenho que ir buscar o bolo de aniversário da mana aos Bolos Felizes, ai como é que vou correr sem domir desde ontem, ai como é que vou chegar aos 12km, ai cheguei a casa 1h antes da hora marcada  no gym, ah mas ainda tenho que lanchar/lantar" CREDO!
E a prova? Uma surpresa, daquelas mesmo boas!
A equipa inscreveu-se em peso, recebemos uma tshirt oficial de equipa, que há muito merecíamos, que todos os ginásios de esquina já tinham, mas que o nosso club hesitava em dar!!


O Porto estava lindo, cheio de luz, nossas e da cidade, e estava tanta, tanta gente, que parecia S.João. Entre Gaia e Porto, cada um iluminou o seu caminho. O percurso foi bem planeado, duro, mas estruturado, cada vez que subíamos muito tinhamos uma descida ou plano para recuperar. As escadas foram mil, e os suspiros por todas as varandas inesperadas da cidade que me arrebataram, esses então, perdi a conta.
Atravessamos o tabuleiro da D. Luís duas vezes, subimos a rebeira de Gaia por ruas e ruelas, passamos por dentro de uma cave do vinho do Porto, passamos os claustros da Serra do Pilar, descemos e descemos, subimos a escadaria dos Guindais, corremos pela muralha... por ruelas que não sabia existirem, pelos jardins do Palácio de Cristal, e podia continuar, mas esta corrida foi como um romance, dos bons.
Quando acabou, eu já sabia que para o ano queria mais. Só gostava de não esperar 5 minutos completos na Serra do Pilar para passar por uma porta, nem de só ter um abastecimento ao longo  dos 12km, quando subir escadas dá tanta cede!
A cereja em cima do bolo? Quando terminei a minha andorinha já tinha aterrado no Porto, ainda estava acordada, e em minha casa. Quando cheguei, ela disse o meu nome, sem erros: Inês, e deu gritinhos de alegria por me ver, tudo fez mais sentido e foi melhor.

domingo, 13 de outubro de 2013

o melhor presente jamais oferecido

a loira & a morena, e ainda assim: siamesas
Cresci contigo, a adorar-te e a detestar-te, a zangar-me contigo e a fazer as pazes. A ouvir vezes sem conta que tinha que te respeitar porque eras a mais velha, e que tinha que ser respeitada porque era tua irmã. Crescemos a saber, que entre tantas birras de miúdas, não sermos amigas não era uma opção que a mãe nos desse. 
De tantas coisas que o pai e a mãe me deram, tudo o que tenho na vida, literalmente, tu foste o melhor presente, embora, técnicamente eu é que tenha sido um presente para ti, porque és a mais velha. 
Há quem tenha irmãos mais velhos, e quem tenha a melhor amiga, e quem tenha aquela pessoa que a inspira, e eu tenho-te a ti. Tu que és a minha irmã, a minha amiga, uma inspiração, aquela pessoa que sabe sempre tirar o melhor de mim, que sabe apontar o pior e tirá-lo do meu caminho, que está comigo do meu lado mesmo que o oceano se atravesse entre nós, como este ano o fez. 
Sei que a vida é como a mãe diz, madrasta, mas sei que dê para onde der, te tenho a ti, e mais do que isso, nos temos uma à outra.  E saber que tu estas aqui para mim já fez, mais do que uma vez, o inferno parecer só uma fase, fez com que eu tivesse coragem de continuar a andar, mesmo quando parecia que tudo ardia. E ainda assim, não há nada pior que saber-te triste. 
Sei que não és perfeita, sei decor todos os teus defeitos, sei como ninguém o que vais pensar, como é que sentes, só num olhar. Ao pai e à mãe agradeço terem-me dado esta oportunidade de partilhar a minha vida contigo, a ti: parabéns! Porque quando é difícil tu fazes não parecer, quando está mal tu apontas o dedo (óhhh és tão boa nisto!!!), quando está tudo bem pões toda a gente a fazer coisas para ti, e quando estás mesmo feliz, as tuas lágrimas e sorriso fáceis não têm preço. 
Adoro que sejas a cara desenhada da mãe, pintada com o bonzeado e os olhos do pai, que sejas a generosidade sincera da mãe, e forte e durona como o pai, mas mais que tudo, adoro-te, e dizer-to nunca será o suficiente. 
Hoje, que é o teu dia, parabéns, minha querida irmã. ****

terça-feira, 8 de outubro de 2013

dentro ou fora, escolhe o teu caminho: fim!!!

DIA 5
Teo/Ames/Santiago de Compostela +- 15km

Téo, 7h30 - o dia começa bem cedo porque queremos chegar a tempo da missa, que é as 11h
ainda no albergue, a descer as escadas, consegui fazer uma valente entorse, e há que ligar logo o pé, tomar um AINE, e começar a andar, antes que começe a doer a valer
depois do dia anterior, caminhar no escuro já não é novidade
A Catedral já muito perto faz o coração bater rápido, rápido
e nesta altura a euforia estava instalada, 10h, e ainda deu tempo para levantar a compustela
às 11h a missa (nunca quis tanto ir a uma missa, mesmo!) e o bota-fumeiro para trazer todas as coisas boas as nossas vidas, e afugentar as más que se atreverem a rondar!!!!
Só para terminar, cada um faz o seu caminho.
Físicamente, 115km a pé, não é um esforço físico extraordinário, mas cá dentro, cá dentro a conversa é outra.
Foi um caminho modestamente planeado em cinco etapas e, sem pudores de o assumir, com carro de apoio. Em nossa defesa devo esclarecer que nós levamos com o carro de apoio muito menos tralha, do que aqueles com quem nos cruzámos no caminho, e olhavam para nós, fazendo comentários pouco felizes e cheios de inveja! A eles, só posso dizer que cada um escolhe como faz o seu caminho, e é feio querer o que é dos outros!
Deixo-vos com as fotos finais:
a credencial
para pernoitar nos albergues temos que..
fazer prova do caminho com 5 carimbos/dia
embora às vezes nao seja fácil arranjar onde carimbar
aqui está ela: A COMPUSTELA!!!! para mais tarde recordar :)

NOTA: Naquele dia 5 de Outubro de 2012, soube que queria mais, queria repetir e fazer o caminho Françês. Não, não criem ilusões, serão apenas os últimos 100km. Para quem tiver coragem, e se quiser juntar, ainda não há datas, só vontade! Eu asseguro que vale mesmo a pena***

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

dentro ou fora, escolhe o teu caminho: take III

DIA 3
Pontevedra/San Amaro de Portela/Caldas de Rei +- 24km

Pontevedra, 8h30 da manha - partida
Pontevedra é uma cidade muito bonita, demoramos a sair de manhã, porque fizemos uma pequena fuga túristica
os símbolos que nos acompanharam: a cabaça para a água e o cajado, a terceira perna/ o apoio do peregrino
pé ante pé
lá se faz o caminho
mesmo lindo!!!
Caldas de Reis - uffa!
DIA 4
Caldas de Rei/San Miguel/Padron/Teo +- 27km

Caldas de Reis, 7h20 da manha - ficámos tolas!!!
o nevoeiro inspirou-nos muito nesta manhã, foram muitos os argumentos de filmes de terror que conseguimos inventar nas primeiras horas do dia
nesta escolinha perdida numa aldeia no meio do nada, os alunos saúdam os peregrinos, em várias linguas: fofinhos!!
o friozinho também ajudou a acelarar o passo
e manteve-se enquanto subíamos
a chegar a Padron
muito, muito fofa Padron, onde fizemos uma boa pausa para almoço
mas neste dia resolvemos contiuar e ficar num albergue mais perto de Santiago
o humor acompanhou-nos sempre
e às tantas, este slogan, a lembrar uma música muito foleira, mantinha-nos em andamento
Téo - um albergue pequenino, no meio do nada, mas super acolhedor, e sobretudo, a apenas 3h, no máximo, do destino :)