sexta-feira, 29 de novembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

a vida é madrasta

Cresci a ouvir a minha mãe a dizer isto. Ela sabia do que falava, e dizia-o como se fosse um presságio, como se nos estivesse a preparar para este tipo de traições que a vida nos faz a todos, e perante as quais, ficando sem chão, nos sobra apenas um vazio enorme, e o silêncio. 
Hoje, como tantas vezes desde há um ano, tomei o pequeno almoço em casa dos meus pais, sem olhar o outro lado da margem. A memória traiu-me, e recordei aquela tarde de Natal que fizemos juntos, há 4 anos talvez, em que eu estava mesmo triste, e ele brincando com as cerejas que eu levara para o nosso lanche, me fez, a mim e a todos, rir e esquecer. Memória, não sei que quero lembrar, ou se quero esquecer.
Sim, a vida é mesmo madrasta mãe, mas apesar do pré-aviso não custa menos. E as pessoas não são todas iguais, há pessoas que são melhores que as outras, há as que fazem falta a mais gente, e que por isso custam mais a perder.

1 comentário: