quinta-feira, 14 de julho de 2016

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Açores continuas a ser uma jóia rara

Não me canso de ti.
Fizemos as contas e desde que nos conhecemos, ou melhor dizendo, desde que me foste apresentada, em 1998, já lá vão 18 anos, ou seja, contamos uma vida inteira. 
Quando aterrei a primeira vez, sozinha, com aquela saia rosa às flores e a tshirt  bordeaux, lembro que não tive medo, só ânsia de te conhecer. Lembro de achar o k200 pequeno, de ver a ilha do Dragão de cima e sentir de imediato que me renderia às suas escarpas e fajãs. Lembro de ter os abraços queridos à minha espera, e de terem sido semanas em que li todos os livros que havia para ler, em que acordei sempre cedo antes de todos, em que aprendi a fazer queijo fresco todos os dias, em que corri pela fajã grande abaixo em mergulhos incontáveis. Lembro-me de andar barco e mergulhar pela primeira vez em alto mar, de sair para pescar e não ter resistido em devolver os peixes ao mar perante a fúria muito pouco controlada do tio. Nunca me esquecerei de ver o Pico da Esperança, a Fajã dos Cubres, de Santo Cristo, das Almas e tantas outras. Lembro de ver divertida as vacas no ilhéu do Topo, de namorar todos os dias o pôr do sol no Pico, e claro de ir ao Pico e ao Faial. 
Sei que posso dizer que ainda não foi a última vez, porque voltamos sempre onde somos ( e fomos) felizes, sobretudo eu, que faço questão de me deixar levar pelo coração. 
Ao fim destas visitas todas, encontro sempre um recanto onde perco o olhar de encanto, e agora que tudo está tão perto do fim, penso em ti, em flash back, e sei que és uma jóia rara, que não perde o valor com o tempo, que conquista o seu lugar, que nos agarra e cativa, que nos prende, e leva sempre um sorriso no fim. Não é possível cansarmo-nos da tua beleza, entre o sol que te descobre e o nevoeiro que te esconde, Açores fecho os olhos e és assim: 


Como não estar, de todas as vezes, cada vez mais apaixonada por ti? Façam play, o cliché vai recomeçar !!! 

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