terça-feira, 11 de outubro de 2016

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O gigante e a formiga

Este foi o grande motivo que me fez conhecer a Tailândia, o elefante.
Tinha ouvido há imenso tempo a história (na primeira voz) de uma amiga de uma amiga (verdade!) sobre a sua experiência num campo de protecção de elefantes. Ouvi que o campo resgatava elefantes de maus tratos, recolhendo-os para um local onde reaprendiam a ser livres. Soube, desde o primeiro minuto, que um dia tinha que ir ver esse trabalho de perto. E vim. Foi a experiência mais feliz, mas sobretudo, mais enriquecedora de todas. 
Pese embora o elefante seja o símbolo nacional, e seja da sua natureza selvagem, ele é usado aqui como propriedade, quem o tem paga imposto por o ter. Tem principalmente duas funções: como mão de obra nos campos (como nós usámos o cavalo e o burro) ou como animal de circo/atracção de turistas. 
Deixo-vos o link do vídeo onde mostra claramente a tortura a que sujeitam um elefante para que ele passe de selvagem a doméstico. Acorrentado e amarrado a cada pata, chicoteado, agredido com facas e martelos, à fome e à sede durante uma semana. Espero que façam play, que tenham a coragem de ver até ao fim, porque acredito que é na nossa ignorância que reside o motor que propaga esta barbárie. 
O que faz então o Elephant Natural Park? Proporciona uma experiência absolutamente extraordinária: a de conviver, durante um dia, com estes animais magestosos, passear ao lado deles (e não em cima), preparando e dando-lhes comida, acompanhando-os até à lama, onde gostam de brincar para atenuar o calor, e assistir às, profundamente felizes, brincadeiras no rio, onde se molham (e nos molham), mergulham, e se tivermos sorte, se disponhem a que os escovemos. 
Tive(mos) imensa sorte por mais ninguém ter reservado aquele dia, e foi como se a tivesse(mos) marcado em privado. Não podia ter sido mais especial.
No site do parque há imensos packs disponíveis, o que escolhi foi o Hope for Elephant Program, os guias foram o A (só mesmo assim, perguntei várias vezes até ele achar que era lerdinha) e a Jang, e os nossos elefantes (tudo meninas) a Kamon e a Moyo. 
Acho que nesta fase já é óbvio que recomendo muito esta experiência, o programa e os guias. 
[Tenho tido imensa sorte com os guias, na sua paciência para as mil perguntas, paragens para pasmar e disponibilidade para fotografar tudo. É certo que é um custo acrescido à viagem, porém que faz todo o sentido se quiserem trazer um bocadinho da experiência tatuada em vocês. ]
Deixo-vos as fotos, sem legendas, sem filtros, e até hoje fico com a voz embargada só de lembrar o privilégio que foi.












[ espreitem o vídeo do instagram, não o vão querer perder, de todo]









Sem comentários:

Enviar um comentário