quarta-feira, 13 de setembro de 2017

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Angkor, o encontro, passo a passo


Tinha-me preparado bem para o nosso primeiro encontro, decidido quando nos conheceríamos, ia ser ao nascer do sol, onde diríamos olá um ao outro, na esperança de ser correspondida. Imaginei por onde íriamos caminhar juntos, onde me contaria a sua história. Passo a passo, chegaríamos ao fim do dia, momento no qual nos sentaríamos, frente a frente, ou lado a lado, ia deixá-lo decidir isso por nós, a ver o sol a partir. 
Espero que não considerem leviana esta minha forma de me apaixonar sucessivamente por redomas de história, mas no fundo, há que admitir, há uma romântica em mim. 

Foi assim que aconteceu: 

Depois do nascer do sol fomos a Angkor Wat. Este templo foi construído para ser visto no sentido contrário aos ponteiros do relógio, em pedra para ser digno de deuses, prodigiosamente pensado para sobreviver às monções, magestoso nos detalhes que falam. Tem uns modestos 900 anos de idade e ainda é de cortar a respiração. A caminhar pelos seus pátios, corredores ou jardins é fácil percebermos o nosso pequeno tamanho e o quanto às aulas de história não nos contaram sobre estes outros mundos. 






Como uma criança numa das muitas piscinas do templo pensadas para suportarem a água das monções por um lado, e por outro para as cerimónias de purificação da água. 

A saída pela porta este, as árvores e a luz que faz questão de se fazer notar, surreal. 

Beng Malea, a que chamam o Titanic dos templos por estar totalmente submerso na floresta. 





    

Banteay Srei, ou em português, a cidade das mulheres. Dos meus favoritos, pelo detalhe intrincado e delicadeza em pedra. 



Bayon e as suas surreais 216 caras de Buda, a olhar tudo e todos.

Conversinha boa a dois.

Terraço dos elefantes, 350m de muros decorados a elefantes.

  
Ta Prohm, o templo do filme, em que uma árvore-polvo parece querer engolir o templo. Ou o tempo a dizer ao homem quem reina de verdade.  

Ao fim do dia tentámos ver o pôr-do-sol no Pre Rup, mas o tempo não conspirou a nosso favor e tivemos que fugir, literalmente, de uma chuva de trovões assustadores. 

[ Faltam ainda aqui mais templos, mas estes são para mim os favoritos.] 

Nos dias seguintes desfrutamos de Siem Reap a caminhar sem destino pela cidade, repetimos o nascer do sol, os templos favoritos e provamos os pratos locais. Até agora tenho gostamos muito da comida, e aprendi a perguntar se é spicy, e quando dizem que não, é o tolerável para uma ocidental como eu. 









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