terça-feira, 12 de setembro de 2017

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Camboja, há muito sonhada


Não vi Tomb Raider o filme, nem joguei o jogo, mas lembro-me bem que as pernas da Angelina Jolie figuravam na parede do quarto dos rapazes da minha adolescência. Com isto quero dizer que não sei quando começou o sonho, acho que fomos crescendo juntos, até que o dia chegou. 
Marquei encontro para as 4h da manhã, e estivemos todo o dia juntos, eu e o sonho. Entretanto, foi forçoso que eu acordasse, e gosto de lembrá-lo assim:



Ao amanhecer, o frio na barriga, a pele suada do calor e da comoção, a paz entre a multidão que assiste ao nascer do dia, e o silêncio que impera. 
Sem surpresas Angkor é tudo aquilo que leram e ouviram falar, são todos os pixels das fotografias que já viram, e mais uns pós de perlimpimpim. Além da magnitude e da imponência da construção, da história que as paredes contam, o que mais impacto tem é pisar aqueles blocos de pedra e saber que foram transportados, um por um, por mais de 50km entre o rio, elefantes e à mão, por milhares de pessoas, há mais de 900 anos, sim estes todos. 
É o maior edifício religioso do mundo, foi o centro social, político e religioso do império Khmer, no seu apogeu albergava 1 milhão de habitantes, enquanto que Londres à mesma data tinha 50 000. Dizem que é grande como a muralha da China, detalhado como o Taj Mahal e simétrico como as pirâmides do Egipto. 
Simbolicamente, Angkor representa o Céu na Terra, e não é necessário professarmos o Budismo ou o Hinduísmo para que a espiritualidade nos faça tremer por dentro. Não é portanto difícil de perceber que ele seja o coração e a alma do país, o reduto da sua força e o seu grande orgulho. 
(A história continua)


[Havia marcado guia com antecedência porque sabia que teria pouco tempo e chegaria já de noite a Siem Reap, mas percebi tarde demais que me haviam dado o guia errado. Haja muito sangue frio para pagar a uma pessoa que só debitou datas e reis, que sempre que teve oportunidade ficou a falar Kmer com o motorista ao invés dos clientes, cujo grande talento foi o de GPS. Feitas as contas foram 15h a ouví-lo agora vamos por aqui, esquerda, direita, ali tiram foto, podem ir para ali passear que eu fico aqui à espera.... Como para mim o blogue não serve para apontar o dedo a ninguém (que não teria direito a defesa, só chacota pública), não vou acrescentar mais nada sobre este assunto. Eventualmente quem for a Angkor e, tal como eu, fizer questão de ter um guia, pode perguntar-me detalhes por e-mail ou mensagem, e pelo menos certificar-se de que esta fava não lhe calha na rifa.]



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